Foi lançada nesta quinta-feira (10), pela Nestlé, uma nova cafeteira com cápsulas compostáveis. A cafeteira Dolce Gusto NEO começará a ser vendida no Brasil em dezembro.
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Marcelo Melchior, CEO da Nestlé no Brasil, em entrevista ao jornal Valor Econômico, ressaltou que a nova linha biodegradável é o futuro do sistema de cápsulas.
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Com sua cápsula feita de papel e polímero biodegradável, o consumidor pode usá-la no processo de compostagem ou ir para o lixo orgânico comum da casa. O papel e o polímero desaparecem após seis meses.
Com sua marca premium, Nespresso, que chegou ao Brasil em 2006, a empresa foi pioneira no mercado de café em cápsulas de alumínio. Desde então foi copiada por rivais, aumentando a competitividade no mercado e saciando desejos dos consumidores.
Entretanto, as cápsulas em alumínio se tornaram um problema ambiental. Há dois pontos negativos: elas geram muito mais resíduo durante sua fabricação (em comparação a um filtro de papel) e tem uma reciclagem complexa.
Um cálculo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) aponta que esse produto é 14 vezes mais prejudicial ao meio ambiente do que o café passado no filtro. Portanto, é necessário refletir sobre o impacto ambiental de algo tão pequeno e saboroso.
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A nova cafeteira Dolce Gusto NEO será um alto investimento para o consumidor. Com um preço de R$ 899 mais o custo de cápsulas regulares, na faixa de R$ 2,80 cada. A máquina, que leva 90 dias para chegar ao país, é fabricada na China.
Confira o post do CEO da Nestlé publicado no Linkedin
Melchior inicia explicando as contribuições do novo produto: “Nossa busca por gerar impacto positivo no meio ambiente alcançou um patamar importantíssimo esta semana com o lançamento da primeira cafeteira de cápsulas compostáveis da Nestlé – a Nescafé Dolce Gusto NEO.”
Ele completa alegando uma revolução na categoria de cafés em cápsula no mundo. A proposta é unir máxima qualidade, tecnologia de ponta e sustentabilidade com o novo produto. O CEO explica que o processo levou cinco anos de pesquisas.
“Todo o conceito de produção que envolve NEO é sustentável: uma jornada que começa com o cultivo do #café nas fazendas brasileiras, passando pelo desenvolvimento das cafeteiras e das cápsulas até o pós-consumo. E o Brasil será o primeiro mercado a receber a #inovação.”, diz ele.
Melchior aborda sobre a durabilidade da máquina, que possui previsão de dez anos de uso. As cápsulas da máquina são feitas 100% com papel certificado pelo FSC (Forest Stewardship Council), além de um polímero biodegradável compostável.
As cápsulas serão produzidas em Montes Claros (MG), na fábrica sustentável de Nescafé Dolce Gusto.
Esta foi a primeira unidade da Nestlé, em todo o mundo, a receber a certificação de Impacto Ambiental Neutro em todas as etapas industriais. O prêmio se dá pela utilização de água de reuso, que não gera resíduos para aterros e neutraliza 100% das suas emissões.
A unidade ganhou uma nova linha de produção, automatizada a partir de conceitos da indústria 4.0, além de mão de obra altamente capacitada. Para a fabricação das cápsulas de NEO, a previsão de investimento no Brasil é de R$ 300 milhões.
O CEO conclui: “Acreditamos que tornar a #sustentabilidade escalável é o grande desafio da indústria, e NEO é um marco tecnológico de baixo impacto ambiental que privilegia elementos essenciais para o desenvolvimento do nosso negócio, a experiência do produto com foco na alta qualidade, do cultivo à xícara final.”
