Brasileiros presos em Gaza: Luta pela sobrevivência em meio à guerra e escassez

O drama dos brasileiros presos na guerra de Gaza

A guerra em Gaza tem sido uma questão preocupante para a comunidade internacional. Entre as muitas histórias de desespero e sofrimento, existe uma que é de especial interesse para os brasileiros: o destino de trinta e quatro cidadãos do Brasil, atualmente presos na região de conflito. Diante do alarmante cenário, a equipe do Fantástico entrou em contato com alguns dos afetados, destacando a urgência da sua situação.

A maior preocupação de momento é a falta de suprimentos básicos, principalmente comida e água. Hasan Rabee, um dos brasileiros em Gaza, conseguiu estabelecer contato com a equipe do Fantástico utilizando um chip de celular do Brasil. Segundo ele, o bombardeio intensificou e a busca por socorro, caso necessário, tornou-se uma tarefa quase impossível.

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Qual é a situação na fronteira com o Egito?

Hasan explicou que conseguiu encontrar água à venda na cidade. Ele afirmou: “Depois de dois dias a gente conseguiu achar água. Água mineral. Compramos dois saquinhos e eu acredito que dê para 3, 4 dias.”

Entretanto, a escassez e os preços inflacionados têm dificultado a aquisição das necessidades vitais. Hasan acrescentou: “Nas águas, cada uma garrafa, 2 shekel. Mais ou menos 13 reais, meio litro. Aqui tem outra guerra. Guerra de procurar comida e água.”

Existe previsão para a repatriação destes brasileiros?

De acordo com o Itamaraty, está em andamento o contato constante com os grupos de brasileiros nas respectivas cidades. O escritório de representação do Brasil em Ramalá declarou que eles têm acesso garantido a água e alimentos pelos próximos dias. Entretanto, ainda não há previsão de quando será possível retirá-los da região. As negociações para a saída de Gaza continuam.

Quais outros desafios os brasileiros enfrentam?

Os brasileiros em Gaza estão enfrentando diversas dificuldades para encontrar comida e itens básicos para a sobrevivência. Além disso, os preços dos mantimentos aumentaram drasticamente. Hasan compartilhou: “Não é fácil, o gás que a gente comprou pagamos mais de 10 vezes do preço normal. Eu paguei no gás mais ou menos 250 shekel. Valendo em reais, 309 reais.” Outro brasileiro, Shahed Al-Banna, relatou que as geladeiras antes cheias de alimentos estão agora vazias devido à falta de eletricidade.

O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, aconselhou os brasileiros a estocarem comida. O governo brasileiro está enviando dinheiro para a compra dos itens, mas a grande dificuldade é encontrar esses suprimentos. A situação é crítica e a esperança de todos é que seja encontrada uma solução para essa crise humanitária em breve.