Uma mulher palestina deu à luz quadrigêmeos após realizar um procedimento de fertilização in vitro com o esperma de seu marido, o qual foi retirado clandestinamente da cadeia israelense onde ele está preso há 15 anos.
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A afirmação foi feita pela família à AFP nesta terça-feira (13). Ahmad Shamali, de 37 anos, foi condenado por tentativa de assassinato e está detido na prisão de Nafha (sul) desde 2008, segundo informações da administração penitenciária israelense.
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Após duas tentativas frustradas de fecundação in vitro, os quadrigêmeos nasceram prematuramente, no sétimo mês de gestação.
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Como foi possível realizar a fertilização in vitro?
A esposa de Ahmad, Um Ubeida Shamali, de 34 anos, já tinha dois adolescentes, concebidos quando seu marido estava livre.
A família não deu detalhes de como o esperma foi contrabandeado para fora da prisão, mas conforme a mãe do detento, Najah Shamali, após 45 dias internados, os recém-nascidos receberam alta do hospital Makased de Jerusalém Oriental, onde a mãe passou por um tratamento de urgência devido à complicada gravidez.
A administração penitenciária israelense não comentou sobre o ocorrido, mas de acordo com o Clube de Presos Palestinos, esta não é a primeira vez que casos como este acontecem. Desde 2012, 122 crianças nasceram graças a espermas contrabandeados das prisões israelenses.
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Como está a família após o nascimento dos quadrigêmeos?
A avó dos recém-nascidos, Najah Shamali, relatou à AFP que a mãe das crianças foi enviada ao hospital no mês passado, devido à gravidez de risco.
Após o nascimento, as crianças permaneceram internadas por 45 dias, antes de receberem alta. Atualmente, a família está reunida e retornou para Shajaya, a oeste da cidade de Gaza.
O nascimento dos quadrigêmeos representa um momento de alegria e união para a família que estava separada pela prisão de Ahmad.
No entanto, ainda não há informações sobre como isso afetará a situação judicial do detento ou os desdobramentos legais do caso.
A questão dos espermas contrabandeados: um problema crescente?
A prática do contrabando de esperma e a realização de procedimentos de fertilização in vitro tem se tornado um fenômeno crescente em casos envolvendo detentos de prisões israelenses.
Segundo o Clube de Presos Palestinos, pelo menos 122 crianças nasceram por meio desta técnica desde 2012.
O caso atual levanta novamente questões sobre a segurança e o monitoramento dentro das prisões israelenses, assim como as possíveis implicações legais para as famílias envolvidas.
No entanto, até o momento, nenhuma medida oficial foi tomada pelas autoridades para lidar com esse problema.