Crise econômica e pandemia pressionam SouthRock: 40 lojas Starbucks fechadas e dívidas de R$ 1,8 bilhão
A SouthRock Capital, operadora das marcas Starbucks, Subway, Eataly e TGI Fridays no Brasil, pegou o mercado de surpresa com seu pedido de recuperação judicial. A empresa, que tem uma dívida de R$ 1,8 bilhão, atribuiu a decisão à instabilidade da economia brasileira agravada pela pandemia de COVID-19. Desde então, a SouthRock fechou mais de 40 lojas da Starbucks no Brasil, gerando um grande questionamento: o que acontecerá com as demais lojas?
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A SouthRock Capital foi fundada em 2015 com foco na gestão, desenvolvimento e operação de marcas de alimentos e bebidas no Brasil. Em 2018, tornou-se licenciada da rede de cafeterias Starbucks e das lanchonetes TGI Fridays no Brasil, além de inaugurar suas primeiras lojas em aeroportos. Em 2019, deu início à expansão da Starbucks para outros estados brasileiros e, em 2022, assumiu a operação do centro gastronômico Eataly e do Subway no Brasil.

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Pedido de recuperação judicial
O pedido de recuperação judicial da SouthRock foi apresentado no dia 31 de outubro ao Tribunal de Justiça de São Paulo. A companhia alegou ter sofrido uma queda drástica nas vendas nos últimos três anos. Em 2020, o impacto da pandemia resultou em uma queda de 95% nas vendas, seguida por mais uma queda de 70% em 2021 e de 30% em 2022.
E agora, o que acontece com as lojas da Starbucks e as outras marcas?
A SouthRock Capital tinha 187 lojas da Starbucks no Brasil, sendo que 43 delas foram fechadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre desde o final de outubro. Com isso, seriam 144 lojas da Starbucks ainda em atividade. Já no que tange às outras marcas, a SouthRock não divulgou o número de lojas atualmente em operação. Vale ressaltar que segundo a SouthRock, a marca Subway não faz parte do pedido de recuperação judicial. As demais marcas, Eataly e TGI Fridays, estão contempladas no pedido.
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Foi relatado também que a Starbucks Coffee International, a sede americana da rede, solicitou a rescisão imediata dos acordos de licença de uso da marca Starbucks no Brasil, surpreendendo a SouthRock. Contudo, a operadora insiste em manter a marca ao menos até a conclusão da recuperação judicial para honrar suas dívidas. Ainda é incerto se a SouthRock perderá a operação da Starbucks no Brasil.
O pedido de recuperação judicial da SouthRock foi inicialmente negado pela Justiça de São Paulo, que exigiu mais provas da situação financeira alegada pela empresa. Contudo, uma semana depois, a corte concedeu a tutela de urgência à SouthRock, protegendo temporariamente o patrimônio da empresa.