Polícia Federal captura miliciano alvo de traficantes responsáveis por trágico engano na execução de médicos
Em meio à turbulência no setor de segurança pública, um dos eventos de maior destaque ocorreu nesta terça-feira (31): a prisão de Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, um notório miliciano investigado por comandar a milícia de Rio das Pedras, no Rio de Janeiro.
Segundo a Polícia Federal, Taillon era o alvo pretendido pelos criminosos que executaram o médico Perseu Ribeiro de Almeida por engano, devido à semelhança física entre eles.
Taillon não foi a única figura importante capturada na operação da Polícia Federal. Dalmir Pereira Barbosa, pai de Taillon, foi preso simultaneamente. Um dos indivíduos detidos estava na Avenida Abelardo Bueno, em um comércio, e era acompanhado por três homens armados: dois policiais militares e um militar do Exército, todos em atividade.
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Onde estão os presos atualmente?
A prisão dos dois PMs e do militar do Exército não foi oficialmente confirmada pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, e o Exército ainda não respondeu a solicitaçaões de comentários. O portal de notícias UOL busca atualizações constantes sobre o caso. A operação e as prisões foram parabenizadas por Ricardo Capelli, em uma publicação nas redes sociais.
Qual é o passado do miliciano?
Taillon foi condenado à pena de 8 anos e 4 meses de prisão, porém estava em prisão domiciliar desde março deste ano e foi colocado em liberdade condicional em setembro. Por conta dessa semelhança física, o médico Perseu foi morto equivocadamente, juntamente com outros dois médicos, Diego Ralf de Souza Bomfim e Marcos de Andrade Corsato, que estavam com ele no quiosque no dia do crime.
Sobrevivente do Ataque
O único sobrevivente do ataque foi o médico Daniel Sonnewend Proença. Ele foi transferido para um hospital particular em São Paulo 4 dias após o crime e continuará seu tratamento de reabilitação na capital paulista, segundo informações confirmadas pela unidade de saúde onde ele estava internado no Rio de Janeiro. Os corpos dos quatro suspeitos de participação nos assassinatos foram localizados pela polícia em menos de 24 horas após o crime.
O que a investigação revelou?
Segundo a polícia, existe um indício forte de que as vítimas foram mortas por engano, interceptando uma conversa telefônica entre os supostos criminosos, indicando um erro na identificação do local do ataque.
De acordo com a investigação, Taillon, o verdadeiro alvo do ataque, estaria no quiosque da Naná, localizado entre os postos 3 e 4 da orla da Barra da Tijuca, porém a conversa interceptada mencionava o “posto 2”.
Ainda segundo a polícia, o carro usado no crime foi rastreado até a favela da Cidade de Deus, localidade conhecida por ser uma base do Comando Vermelho, sinalizando que há indícios de ligação entre o crime e a milícia. A investigação segue em curso.