Assédio em bancos: A contraposição difundida através de propaganda

Tomando como exemplo a grande campanha publicitária da instituição financeira Itaú, que contou com a presença dos astros Marcos Mion e Sylvester Stallone, muitos poderiam se perguntar se essa é de fato a realidade vivida pelos funcionários.

A peça publicitária dá a entender que para alcançar sucesso e evolução na carreira é importante ter determinação e contar com uma equipe parceira num ambiente acolhedor, algo que supostamente seria oferecido pelo Itaú.

A entidade relacionada aos trabalhadores do setor financeiro decidiu provocar a reflexão através de uma paródia que contrapõe a realidade dos bancários com a narrativa proposta pelo comercial. Vale salientar que estamos discutindo aqui o contraste entre a imagem que o banco busca transmitir e a realidade relatada por quem trabalha nele.

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Como é a realidade dos funcionários do Itaú?

A paródia, criada pelo Sindicato dos Bancários, se propõe a mostrar o que realmente acontece “para chegar lá” no Itaú, desvendando um outro lado que não é expresso nos comerciais. Ainda que a produção seja uma crítica humorística, ela apresenta, de maneira implícita, questionamentos válidos a respeito da saúde mental dos funcionários, condições de trabalho e práticas de gestão dentro do banco. Esses são pontos que vão além da questão salarial e que não podem ser negligenciados.

E o que isso tem a ver com assédio?

O assédio no ambiente de trabalho ocorre quando um ou mais indivíduos sofrem hostilidade persistente, que pode ser verbal, psicológica ou até mesmo física. A paródia, além de propor uma reflexão sobre as condições de trabalho na instituição, também busca levantar o debate sobre assédio no ambiente bancário, um problema que muitas vezes pode ser invisibilizado, mas que causa danos significativos as vítimas.

É importante ter debates sobre a realidade no ambiente de trabalho?

Sim, é imprescindível que ocorram diálogos transparentes e abertos sobre a realidade do ambiente de trabalho e as condições a que os trabalhadores são submetidos.

A crítica feita pelo Sindicato dos Bancários, por meio da paródia, vai além do humor e traz para a discussão temas relevantes e que atingem diretamente a vida dos colaboradores.

Por mais que pareça óbvio, é sempre importante reafirmar: o sucesso de uma empresa não deve ser construído às custas da saúde mental e física dos seus colaboradores.