Protesto da Apple marca o segundo dia do julgamento antimonopólio do Google
Nesta quarta-feira (13), um protesto da Apple marcou os holofotes no segundo dia do julgamento antimonopólio que o Google enfrenta nos Estados Unidos. A Apple fez um apelo contra dois números mencionados pelo Departamento de Justiça em sua declaração de abertura na terça-feira (12).
A reclamação veio com a alegação de que esses números poderiam causar uma percepção enganosa sobre informações sigilosas da empresa. O Departamento de Justiça defende que os números mencionados foram obtidos a partir de fontes externas, não de dados internos das empresas envolvidas.
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Qual é a controvérsia envolvendo a Apple e o julgamento antimonopólio do Google?
A questão é que muitos detalhes das operações do Google provavelmente serão expostos em obediência às regras destinadas a preservar a confidencialidade de informações comerciais sensíveis. Segundo Ryan Travers, advogado representando a Apple, a equipe jurídica do governo pode ter violado essas regras com a divulgação desses números.
O advogado da Google, John Schmidtlein, endossou: “O comentário feito daria a impressão ao público de que esse número veio deles [Apple] ou de nós”. Por sua vez, Kenneth Dintzer, advogado do Departamento de Justiça, garantiu ao Juiz do Distrito dos EUA, Amit Mehta, que os números mencionados foram baseados em fontes externas e não de informações internas fornecidas pela Apple ou Google.
Quais são os desdobramentos do julgamento antimonopólio do Google?
O Google enfrenta um julgamento nos EUA que pode ter implicações significativas para seu futuro. Os promotores alegam que a Google usou práticas anticoncorrenciais para sufocar seus rivais, prejudicando os consumidores. No segundo dia do julgamento, o foco foi a relação da empresa com as empresas de telefonia móvel e outras, que supostamente a ajudaram a popularizar seu mecanismo de busca.
Segundo o governo, a Alphabet, empresa-mãe da Google, paga anualmente US$ 10 bilhões a diversas empresas, como a Apple e a Mozilla, para priorizar seu buscador em detrimento de outros. O desfecho do julgamento pode decidir se isso constitui um monopólio ilegal.
O julgamento do Google é apenas o começo?
Este caso pode marcar o início de uma fase de maior regulamentação para as gigantes da tecnologia. Não apenas a Google, mas também empresas como Facebook e Amazon, têm estado sob a mira das autoridades reguladoras por supostos comportamentos monopolistas.
Embora o resultado do julgamento ainda seja incerto, certamente ele trará à tona debates mais amplos sobre a necessidade e a natureza da regulamentação na era digital, onde a aquisição e a utilização de dados tornaram-se um grande negócio.