Lula afirma que contribuição de países ricos para o meio ambiente não deve ser visto como favor
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se direcionou aos países ricos, na última segunda-feira, afirmando que a contribuição financeira desses países para a preservação da Floresta Amazônica é uma obrigação e não um favor.
- Publicidade -
Lula falou em seu programa semanal “Conversa com o presidente”, ressaltando a necessidade deste pagamento como uma forma de retribuição à dívida ecológica que esses países têm com o planeta.
Leia mais:
Retomada do crescimento: Governo Lula anuncia PAC com investimento de R$ 1,7 Trilhão
Lula Indica Nome Para a Presidência do IBGE e é Questionado
- Publicidade -
Essas afirmações foram feitas após a Cúpula da Amazônia, preparando os países da região para a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28), a ser realizada em dezembro de 2023 nos Emirados Árabes.
O presidente salientou que os países ricos industrializaram-se bem antes do Brasil, tornando-se responsáveis pela poluição e degradação ambiental geradas nesse processo.
Ele reforçou que esses países derrubaram suas respectivas florestas muito antes do Brasil e, portanto, devem contribuir financeiramente para auxiliar no desenvolvimento dos outros países.
Por que essa contribuição é uma dívida e não um favor, de acordo com Lula?
- Publicidade -
Para o Presidente Lula, é uma questão de reconhecer a responsabilidade histórica dos países desenvolvidos na degradação ambiental global.
“Não queremos ajuda. Queremos um pagamento efetivo. É como se estivessem pagando uma coisa que devem à humanidade”, afirma o presidente.
Data e local da COP28
O evento acontecerá no final do ano de 2023, nos Emirados Árabes, onde Lula pretende reforçar essa cobrança.
“Temos condições de chegar ao mundo, lá nos Emirados Árabes, e dizer o seguinte: ‘Nós queremos essa contribuição de vocês. Isso não é favor, é pagamento de uma dívida que vocês têm com o planeta Terra’
Preservar a Amazônia é garantir empregos e melhorar a vida das pessoas
Lula enfatiza que o objetivo final dessa cobrança é garantir a preservação das florestas brasileiras, gerando empregos, oportunidades de trabalho e melhorando a qualidade de vida da população.
“Eles derrubaram a floresta de vocês 100 ou 150 anos antes de nós. Então, agora, vocês paguem pra que a gente possa preservar as nossas florestas”, conclui.
