Seca na Espanha impacta produção de azeite, elevando preços a recordes de 26 anos, enquanto Califórnia enfrenta excesso de chuva.
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Uma severa seca na Espanha, maior produtor mundial de azeite, está afetando os olivais e causando uma queda na colheita da temporada.
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A falta de chuva pesou nos preços globais do óleo, provocando, nesta semana, seu nível mais alto em 26 anos, a US$ 5.989,7 por tonelada métrica.
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Com a Espanha enfrentando condições secas e os preços elevados, especialistas não preveem uma situação muito favorável para o mercado tão cedo.
A campeã mundial do azeite já vem lidando com chuvas abaixo da média desde outubro de 2022. Sua produção para a temporada 2022-2023 deve ser de apenas 680 mil toneladas, quase metade do último ano. A queda nos números preocupa produtores e já foi notada em algumas regiões do país.
Como produtores estão lidando com os efeitos da seca?
Diante da situação preocupante, os produtores buscam medidas alternativas para compensar o impacto nos negócios. Novos produtos à base de azeite, como azeite selvagem e azeite de bagaço, estão sendo comercializados.
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Nas províncias de Jaén, no sul da Espanha, a população tem feito seus esforços, com orações e procissões pedindo chuva. Porém, até o momento, o clima ainda não mostrou indícios de melhora.
Califórnia enfrenta chuva demais
Inversamente, a tropicalidade na Califórnia é marcada por chuva em excesso. De dezembro de 2022 a abril de 2023, tempestades encharcam o estado norte-americano com chuvas e inundações.
Os campos encharcados prejudicam a floração das árvores de oliveira e os produtores, antes de enfrentarem um cenário favorável, agora estão preocupados diante da alta umidade.
As mudanças climáticas estão alterando o planejamento dos olivicultores, tornando os padrões climáticos menos previsíveis do que antes, segundo Alexandra Kicenik Devarenne, diretora da Extra Virgin Alliance.
Esse novo cenário deve afetar mais áreas na produção de azeite de oliva e exigir novas soluções para lidar com os efeitos das mudanças climáticas.
