Carros populares: As dificuldades enfrentadas pelo governo na redução de preços
Impulsionar venda de carros populares: Governo estuda redução de impostos e uso do FGTS. Descubra as medidas e impactos na economia.
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O governo federal busca alternativas para incentivar a venda de automóveis, dando destaque aos chamados “carros populares”, categoria de veículos com motor 1.0. Porém, o cenário atual de dificuldades econômicas limita as possibilidades de intervenção.
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Mesmo assim, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, promete anunciar boas notícias para o setor no Dia da Indústria, na próxima terça-feira.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preocupado com os preços elevados dos automóveis e gostaria de permitir que os veículos populares, considerados os mais baratos no mercado, tivessem valores de até R$ 50 mil.
Diante disso, o governo analisa medidas que possam ajudar nessa redução de preços sem comprometer as contas públicas.
Possíveis alternativas do governo: redução de impostos e uso do FGTS
Uma das possibilidades apresentadas pelo setor automotivo seria a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e da Cofins, mas essa medida enfrenta resistência por parte de técnicos do Ministério da Fazenda, que defendem o ajuste fiscal.
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Vale lembrar que o IPI já foi reduzido no passado, sendo a última vez em agosto de 2022, com um abatimento no imposto de 24,75%.
Outra opção seria a redução do ICMS, que depende da decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), composto pelos secretários de Fazenda de todos os estados brasileiros.
Já o setor privado sugeriu o uso do FGTS como garantidor de empréstimos, tornando o crédito mais atrativo em um momento de juros altos no mercado.
Controvérsias e impacto no setor imobiliário e de infraestrutura
Entretanto, essa proposta enfrenta críticas do setor imobiliário e de infraestrutura, que dependem dos recursos do FGTS para alavancar investimentos.
Além disso, o fundo já tem sido utilizado em outras modalidades de estímulo ao consumo, como o saque-aniversário e a antecipação do saque, funcionando como empréstimo com garantias.
No mês passado, foi divulgado que o governo estuda a possibilidade de incentivar a compra de carros novos por meio do uso de parte do FGTS e também medidas voltadas para a renovação da frota de veículos leves.
A expectativa é que as novidades sejam anunciadas no evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na próxima terça-feira.
Diante das dificuldades e controvérsias, o governo segue buscando medidas equilibradas que possam favorecer o setor automotivo e estimular a venda de carros populares sem comprometer a economia como um todo.
