Mais um caso de estupro seguido de registro fotográfico segue em curso no Rio de Janeiro. Um anestesista, chamado Andres Eduardo Oñate Carrillo, realizou filmagens dos momentos em que estuprava suas pacientes que estavam sedadas.
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As vítimas do anestesista colombiano não tinham qualquer ciência do grave crime que ele estava cometendo. Nesta segunda-feira (16), ele foi preso pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav).
Existem gravações que exibem o crime cometido por Andres em, ao menos, duas pacientes que estavam sedadas durante cirurgias. Ele se filmou abusando dessas mulheres.
Um dos vídeos exibe uma cena em que o homem esfregou e introduziu o pênis na boca de uma das mulheres. A investigações iniciadas atestam que ele está residindo no Brasil de forma ilegal.
O anestesista veio para o Brasil em 2017, dois anos após se formar na Universidade de Magdalena, em Santa Marta, na Colômbia. Andres fez residência médica em anestesiologia e também prestou o Revalida.
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O médico obteve a inscrição no Conselho Federal de Medicina em 31 de janeiro de 2022. A polícia descobriu tais vídeos enquanto investigava o anestesista por exploração de pornografia infantil. As vítimas foram localizadas através das mídias.
O anestesista possui cerca de 20 mil mídias de arquivos pornográficos
Um mandado de prisão provisória e busca e apreensão, expedido na Justiça, foi emitido contra ele em razão de estupro de vulnerável. Andres também será investigado por produzir e armazenar pornografia infantil.
Quem descobriu, originalmente, os crimes do anestesista relacionados à pornografia, foi a Vara Especializada em Crimes contra Criança e Adolescentes, através de um inquérito.
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O Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da PF informou uma possibilidade de como os arquivos foram gerados à Polícia Civil. Estima-se que a tática do grooming tenha sido usada por Andreas.
O grooming ocorre quando o criminoso estabelece uma relação afetiva e emocional com a criança, de forma que ela aceite enviar materiais de seu corpo. A polícia também informa que o anestesista tenha utilizado um perfil falso.
Nele, Andreas se passava por uma criança que se aproveitava das vítimas ao sugerir troca de imagens e vídeos de cunho sexual. “Encontramos gravações de tela de seu celular com conversas com crianças que enviavam fotos e vídeos”, afirmou o delegado responsável pelo caso.
“Como esses dispositivos se apagam, ele aproveitava para gravar e armazenar o conteúdo para utilização futura”, completou Luiz Henrique Marques.
Momento da prisão do anestesista
Os policiais, com o mandado de prisão, chegaram em sua casa, na Barra da Tijuca. A esposa do anestesista, também médica, deixou que os profissionais entrassem em sua residência. Portanto, acordaram Andres para dar voz de prisão.
Até o momento, as investigações contra ele estão sendo feitas pela Polícia Civil. Ainda é aguardado que, com o avanço do inquérito, sejam detalhadas todas as unidades em que ele trabalhava, para que possíveis vítimas sejam reconhecidas.
Há registros em que ele não trabalhou somente em hospitais particulares, como também em unidades de saúde públicas. Estas ainda serão identificadas com o andamento da investigação.
