10 álbuns e EPS brasileiros para ouvir antes do ano acabar
Durante a pandemia, nossos hábitos de relaxamento e calmaria passaram por uma turbulência. Muito aconteceu e sentimos a necessidade de valorizar coisas pequenas.
Algo que realmente salvou o ambiente da quarentena foram as músicas que nos promovem sentimentos de alegria e felicidade. Entretanto, antes de imaginarmos a vacina sendo aplicada em nossos braços, os músicos trabalharam arduamente.
Foram mais que comuns as lives feitas durante a pandemia, apesar de a indústria musical ter seu respiro somente a partir da metade de 2021. Entretanto, álbuns e EPS de 2022 são mais que significativos.
A força da classe artística retornou com shows e turnês podendo ser realizadas em diversas partes do mundo. Tudo graças à vacina. Desta forma, listamos alguns músicos brasileiros que entregaram discos interessantes e bem produzidos.
Confira conosco 10 álbuns e EPS brasileiros, lançados em 2022, que talvez tenham passado despercebidos por alguns amantes de música e que carregam um enorme significado de estabilidade à indústria musical.
Ouça esses 10 álbuns e EPS brasileiros antes da virada
Comecemos por um dos artistas que mais fez sucesso em 2022: BK. Em seu álbum de número quatro, chamado “ICARUS”, ele costura robustas narrativas recentes, através de contextos sócio-políticos bem colocados, mencionando o mito de Ícaro.
O primeiro dos 10 álbuns que você pode ouvir promove reflexões sobre desejos e ambições humanas relacionadas também com questões sociais, como a fome, a fama, a pobreza e o racismo de forma magistral.
Agora, vemos o segundo disco solo de Tim Bernardes, “Mil Coisas Invisíveis”. Este promove uma profunda reflexão sobre o que há de místico. O artista constrói ambientes e imagens cinematográficas através de arranjos emocionantes.
Esse álbum também reforça o papel da arte em situações críticas, nos lembrando: que a vida é mais do que o que podemos ver e tocar e que ela sempre continua. É realmente profundo.
Não há como negar que Gloria Groove também bombou este ano, e por isso trouxemos seu álbum à lista. Em “Lady Leste”, a artista prova seu talento que só vem crescendo mais e mais.
A narrativa de um dos 10 álbuns da nossa lista se passa no contexto em que Gloria caminha pelas ruas da Zona Leste de São Paulo. Ela mostra, que na região, é possível escutar rap, funk, pagode, trap, R&B e, é claro, pop.
Rico Dalasam segue brilhando em seu trabalho tão aguardado. O sucessor do álbum “Dolores Dala Guardião do Alívio“ (2020) surpreendeu seus fãs. O EP se chama “Fim das Tentativas”.
Ele parece ainda mais honesto e profundo em seu lançamento de 2022. A obra contém cinco faixas, sendo liricamente brilhante e promove reflexões sobre afeto em um pujante alívio musical.
Outro músico que brilhou este ano foi Djonga, e seus trabalhos são mais que esplêndidos. O rapper mineiro sempre compõe músicas que provocam grandes debates, apesar de ouvintes gostarem ou não.
Seu álbum “O Dono do Lugar” mostra mais um produto com sua acidez latente. O artista não é conhecido por deixar seus ouvintes em uma zona de conforto do ponto de vista narrativo.
Djonga expressa que finalmente entendeu a indústria da música e não gostou dela, mostrando novas perspectivas sobre machismo e racismo. Ademais ele apresenta reposicionamentos.
Seguimos nas indicações de 10 álbuns, desta vez com MC Tha. Seu trabalho nomeado “Meu Santo É Forte” revisita o repertório de Alcione a partir dos anos 1970 e o relaciona com a musicalidade das religiões afro-brasileiras.
Este talento da cantora paulista, lançado em meados de junho, mescla produções artísticas que fazem menção ao axé, samba, batuques, pontos cantados e, é claro, funk.
O rap nacional é um tanto disputado, e ser uma artista uma referência não é fácil. Assim, N.I.N.A exibe seu álbum “Pele”. A artista entrega um dos trabalhos mais importantes do ano para o gênero.
Ela produziu uma obra rica em nuances sentimentais e retratos psicológicos de forma madura, sem perder sua consistência e coerência nesse tipo de trabalho exigido.
Uma das estrelas em ascensão do trap chegou para mostrar como a nova geração constrói narrativas de forma minuciosa. WIU lançou seu primeiro álbum conquistando muitos fãs.
“Manual de Como Amar Errado” é mais um dos 10 álbuns que indicamos por trazer perspectivas sobre a realidade dos relacionamentos amorosos sem perder de vista tópicos sociais.
O impacto de MC Cabelinho transcende suas letras e seu trap já se tornou um estilo a ser seguido. “Little Love” fala de amores fugazes com a ajuda de Gloria Groove, Ludmilla e Baco Exu do Blues.
O rapper carioca segue conquistando um lugar de afeto nas playlists. E para encerrarmos nossas indicações dos 10 álbuns que você pode ouvir até o fim do ano, estamos com uma veterana do funk.
Deize Tigrona lançou o álbum “Foi Eu Que Fiz” 14 anos após “Garota Chapa Quente”. Ela transita em parcerias com Teto Preto e BADSISTA, movimentando as bases do funk ao reafirmá-lo como parte essencial da música eletrônica brasileira.