Contra a corrente: Haddad refuta alterações no parcelamento sem juros!
O posicionamento do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em relação às possíveis mudanças nas regras do parcelamento sem juros do cartão de crédito é contrário à proposta do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
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Campos Neto sugeriu a possibilidade de implementar alguma forma de tarifa para desincentivar parcelamentos sem juros de longa duração, uma modalidade praticamente exclusiva do Brasil. Saiba mais!
Haddad é contra regras de parcelamento do cartão de crédito
Haddad argumenta nos bastidores que se opõe a qualquer limitação ao parcelamento sem juros. Ele teme que tal medida prejudique os segmentos mais pobres da população, bem como os lojistas.
![](https://www.onoticiado.com.br/wp-content/uploads/2023/08/Fernando-haddad.jpg)
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O ministro destaca que a opção de pagamento à vista com desconto continua disponível e que essa é uma escolha que depende tanto do vendedor quanto do banco.
A questão veio à tona após as declarações de Campos Neto, mas o Ministro Haddad expressa sua oposição a essa proposta, argumentando que ela teria efeitos negativos na economia.
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Ele considera que impor limites ao parcelamento sem juros poderia gerar consequências indesejadas, como um estímulo ao uso do rotativo do cartão, o que resultaria em problemas financeiros mais sérios.
A decisão de eliminar o uso do rotativo do cartão de crédito é uma posição já consolidada no entorno de Haddad.
O rotativo é ativado quando o cliente não paga o valor total da fatura a data de vencimento, e até essa modalidade possui uma das taxas de juros mais altas do mercado, ultrapassando os 400% ao ano.
No entanto, é entendido que acabar com o rotativo sozinho não resolveria o problema dos altos juros associados a essa modalidade.
Atualmente, quando um cliente permanece 30 dias utilizando o rotativo, os bancos são obrigados a negociar a dívida. As taxas de juros nessa modalidade giram em torno de 15% ao mês, conforme informações do governo, o que se aproxima das taxas do rotativo.
O governo planeja abordar essa questão por meio de um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados, relacionado ao programa “Desenrola Brasil”.
Essa iniciativa visa a eliminação do rotativo e estabelecerá um período de 90 dias para que o setor financeiro adote uma auto-regulamentação para reduzir as taxas de dívidas decorrentes desse tipo de modalidade.
Uma eventual proposta do setor financeiro será atendida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é composta pelo Banco Central e pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento.
Caso o CMN considere que a proposta do setor não é suficiente, os juros serão limitados em torno de 9% ao mês.