Sequestro de WhatsApp pode render até R$ 26 mil por mês aos criminosos
Sequestro de WhatsApp: Descubra como criminosos lucram até R$ 26 mil por mês com golpes em sites de venda e veja dicas para se proteger.
No último fim de semana, uma jornalista teve seu WhatsApp sequestrado após anunciar a venda de um terreno no site da ImovelWeb.
O golpista entrou em contato, se passando por atendente do site, e conseguiu a senha de acesso ao aplicativo.
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Após algumas horas, a vítima conseguiu reaver sua conta com uma inesperada entrevista com o criminoso, que contou seu modus operandi e revelou ganhar cerca de R$ 26 mil por mês com este e outros golpes pela internet.
Segundo o golpista, que se identificou como André Luiz, clientes do Mercado Livre, OLX e ImovelWeb são alvo de suas atividades criminosas.
Os sites informam que combatem tentativas de golpes e fraudes, e pedem sempre que os clientes comuniquem-se apenas pelas plataformas e não compartilhem dados pessoais fora delas. Contudo, os golpes ainda são frequentes e, muitas vezes, eficazes.
Como funcionam os golpes?
André afirmou que o esquema envolve a verificação de números de telefone cadastrados nos sites e o envio de códigos para concluir o anúncio.
Dessa forma, ele consegue acesso ao aplicativo de mensagens das vítimas, que por vezes emprestam dinheiro a quem se passa por seus amigos. Em outros casos, o golpista cobra um resgate pelo PIN necessário para recuperar a conta.
Quem são os alvos e como lucram com isso?
Em entrevista à jornalista, André explicou que pessoas com anúncios em plataformas de vendas online são seus principais alvos.
Como vive disso, ele afirma trabalhar diariamente e chegar a aplicar 150 golpes por dia. No passado, chegou a faturar R$ 46 mil por mês, mas hoje esse valor caiu para R$ 26 mil devido ao aumento da conscientização das pessoas.
Por que sequestrar contas de WhatsApp e onde está o lucro nisso?
O sequestro do WhatsApp é, na realidade, apenas um meio para efetuar golpes. Com acesso ao aplicativo, André consegue se passar pelas vítimas, pedindo dinheiro aos amigos e familiares.
Ele também lucra com o resgate das contas através da cobrança do PIN. As vítimas geralmente aceitam pagar o valor, que pode chegar a R$ 1 mil, para reaver sua conta.
André reconhece que suas atividades são criminosas e que pode pagar por isso no futuro. No entanto, argumenta que “tudo acontece por um motivo” e que acredita na justiça divina.
A entrevista terminou com ele devolvendo a conta de WhatsApp à jornalista, sem cobrar nada em troca, após uma conversa que o fez refletir sobre suas ações.