Sem sombra de dúvidas a pandemia trouxe diversas consequências à sociedade de modo geral. Somente no Brasil foram cerca de 700 mil mortes e 34,8 milhões de casos. Atualmente, o vírus ainda tem uma média móvel de 69 vítimas por dia.
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O isolamento foi algo que trouxe como consequência muitos traumas e com isso o número de pessoas que precisam de terapias não coincide com o número de psicoterapeutas disponíveis, sem contar que a maior parte afetada foi a população pobre e negra, sendo estas dotadas de poucas condições financeiras para fazerem um tratamento.
A psicóloga clínica Emily Anhalt trás o exercício emocional como uma solução.
Assim como as atividades físicas combatem diversas doenças, os exercícios emocionais não são diferentes, pois eles têm a capacidade de manter uma boa postura no controle do estresse.
Em suas aulas virtuais através da Coa, Emily Anhalt junto com sua equipe ensinam exercícios denominados de “flexões emocionais”, o objetivo é que se fortaleça os músculos da saúde mental para que o paciente saiba lidar cada vez melhor com os desafios do cotidiano e da vida de modo geral.
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A saúde mental infelizmente conta com poucos recursos, a falta de terapeutas não é somente devido ao período pós-pandêmico, mas aumentou significativamente devido a isso.
Psicológa indica alguns exercícios que funcionam como ”flexões emocionais”
Os exercícios propostos não visam substituir uma terapia, no entanto, Anhal afirma que eles podem promover a resiliência e ajudar na fortaleza pessoal. Veja quais são:
Encontro com sua preocupação
Parece estranho ir ao encontro de algo que te preocupa, não é mesmo? A turbulência mundial, a era da informação abala em níveis altíssimos a saúde mental.
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Vaile Wright, diretora sênior de inovação em saúde da Associação Americana de Psicologia, diz que o ciclo rotineiro de más notícias e as discussões das redes sociais podem aumentar sentimentos de culpa e de preocupação.
O conselho é que arrume um horário para se preocupar e reserve de 10 a 15 minutos para fazer a anotação de seus problemas. A educadora mental Pooky Knightsmith afirma que esse encontro é capaz de impedir que o sentimento desconfortável controle o paciente.
Flexão de autorreflexão
Quando uma pessoa próxima tem uma atitude que nos incomoda é comum que ela passe a ser enxergada como um problema. Anhalt diz que uma outra abordagem seria aproveitar a oportunidade para aprender sobre si mesmo.
Nesse exercício é necessário fazer algumas perguntas como: O comportamento dessa pessoa é algo que você também faz? É inveja? Estou julgando?
Anhalt afirma que “Lançar luz sobre nossas ações nos permite assumir a responsabilidade”.
Amizade com as emoções difíceis
Inconscientemente, como um modo de defesa, nós somos programados para evitar a dor. Essa defesa acaba causando um impedimento no que diz respeito a verdadeiramente sentir nossas emoções, pois é a partir desse ato que é possível processá-las.
O conselho desse exercício é dar nome às emoções, isto é a “rotulagem dos afetos”. Pode-se ainda observar quais pontos os sentimentos aparecem no corpo. A pergunta que a psicóloga costuma fazer a seus pacientes é:”Onde você sente essa emoção?”. O objetivo não é alterar a emoção, mas sim conscientizar-se sobre sua manifestação.
Exercício da curiosidade
A curiosidade ajuda muito em questões relacionadas à ansiedade, seja ela generalizada ou social. Obter a resposta sobre o que está acontecendo no momento não garante que a ansiedade seja resolvida.
O conselho aqui recomendado pelo neurocientista Judson Brewer é tentar entrar na “zona livre de ansiedade”. Perguntas como “qual dos meus dois pés está mais quente que o outro?” ajudam a despertar a curiosidade.
Isso ajuda a abrir a mente para possibilidades, com isso vemos as coisas com outra percepção. A substituição do “Por que isso está acontecendo” para “O que está acontecendo” é capaz de tirar o paciente da zona mais carregada de ansiedade.