Desigualdade exposta: Mulheres negras lideram 6 em cada 10 famílias no Brasil
Mulheres chefes de família, diversidade étnica e mudanças sociais. Veja os dados surpreendentes sobre a transformação das famílias brasileiras!
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As dinâmicas familiares no Brasil estão passando por mudanças significativas, refletindo a diversidade de arranjos familiares e as transformações sociais em curso.
Dados recentes mostram que, dos 11,053 milhões de famílias de chefia feminina com filhos e sem cônjuge, 62% são chefiadas por mulheres negras, totalizando cerca de 6,8 milhões de domicílios.
Enquanto isso, 38% das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres não negras, somando 4,2 milhões de núcleos.

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É interessante notar que, independentemente da etnia, as mulheres são maioria nos lares monoparentais com filhos, representando 15% dos arranjos familiares, o que é 6,4 vezes mais frequente do que os arranjos com chefia masculina, de acordo com relatório do Dieese baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
Novas famílias
A concepção de família vem passando por transformações significativas ao redor do mundo, e o Brasil não é exceção.
No dia 28 de março, durante uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o Brasil se posicionou contra a ideia de “família tradicional” defendida por alguns países.
Essa postura vai além de combater a discriminação contra a comunidade LGBTQI+, pois reflete uma verdade objetiva, que é a defesa de que a configuração da família brasileira é diversa e tem passado por mudanças nas últimas décadas.
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Dados recentes revelam que o número de casais homoafetivos que se casaram em 2021 foi mais que o dobro do registrado em 2013, totalizando 9 mil casamentos.
Ao mesmo tempo, a taxa de natalidade tem caído de forma constante, registrando o menor número de nascimentos na série histórica em 2021.
Além disso, a média de idade em que as mulheres se tornam mães tem aumentado, e os divórcios têm ocorrido em menos tempo do que antigamente.
Esses são apenas alguns exemplos das mudanças pelas quais as famílias brasileiras têm passado. É necessário abrir discussões sobre esses temas para que o preconceito diminua e a diversidade continue a crescer.