Caso Rafael: Acusada de matar o filho, Alexandra Dougokenski tem júri recomeçado nesta segunda-feira (16)

O Caso Rafael começou em março de 2022 e está há 10 meses parado após defesa da ré abandonar o júri. Confira tudo sobre a história.

O caso começou no dia 15 de maio de 2020, quando o menino Rafael sumiu. Alexandra, a mãe, afirmava que ele tinha ido dormir e, na manhã seguinte, não estava mais em casa.

Após dez dias, ela confessou que tinha assassinado o filho e falou aonde estava localizado o corpo. Dentro do terreno da casa ao lado da sua, dentro de uma caixa de papelão.

Segundo o Ministério Púlico (MP), a mulher teria feito o filho tomar dois comprimidos de Diazepam e um ansiolítico com efeito calmante, com a justificativa de que ele dormiria melhor.

Quando o medicamento fez efeito, Alexandra teria estrangulado o filho com uma corda. Ela apresentou diferentes versões do crime durante esse tempo.

Ela passou a acusar o pai do menino Rafael, Rodrigo Winques, que nega.

Caso Rafael tem desdobramentos

O júri da mãe de Rafael recomeça nesta segunda-feira (16), às 9h, no Planalto (Rio Grande do Sul), presidido pela juíza Marilene Parizotto Campagna.

Alexandra se encontra presa e responde por quatro crimes: homicídio qualificado, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.

A promotora Michele Dumke afirma que a mulher é a única responsável pela morte do filho. “Ela agiu sozinha, ela premeditou o crime, ela executou o crime e ela passou 10 dias enganando toda a comunidade tentando despistar a real localização do corpo e, consequentemente, a prática do crime”, revelou.

Após a confusão no primeiro júri em 2020, após desentendimento entre a defesa e acusação, a nova reunião estava marcada apenas para abril de 2023. Porém, foi antecipado pois o processo já estava pronto, de acordo com a juíza.

O advogado de Rodrigo, Daniel Tonetto, diz que Alexandra é culpada por esse crime, que todas as provas indicam isso.

Novo júri

Na segunda-feira (16), o Caso Rafael ouvirá 11 testemunhas. Três serão por chamada de vídeo.

Acontecerá também, a acareação (procedimento onde ocorre confronto entre partes) do pai de Rafael, Rodrigo Winques, que se encontra como um assistente de acusação.

O MP e os advogados de Alexandra, cujo principal é Jean Severo, terão 2h30 cada. Sem contar com o tempo de réplica e tréplica.