Tornando-se cada vez mais presente em nosso meio, o autismo, ou melhor, dizendo Transtorno do Espectro Autista (TEA) está completamente relacionado ao desenvolvimento neurológico.
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Esse fator pode acabar causando diversas dificuldades, como por exemplo, na hora de interagir socialmente, bem como se comunicar e se desenvolver intelectualmente.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), são cerca de 2 a 4 milhões de brasileiros que coabitam com o TEA no país. No entanto, certamente esse não é o número correto, uma vez que muitos portadores deste transtorno não possuem conhecimento de sua condição.
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Não é de hoje que a falta de informação acaba sendo extremamente prejudicial para os seres humanos, fato que não é diferente sobre o autismo, que conforme a Doutora Fabiele Russo, especializada em neurologia, acaba sendo desfavorável na hora de diagnosticar. Isso porque há uma extrema necessidade de ser diagnosticado na infância.
“Quanto mais rápido acontece o diagnóstico, mais cedo é possível iniciar as intervenções e estímulos precoces”, diz a especialista.
Porém, na maioria das vezes em que há informações relacionadas ao transtorno, muitas delas acabam sendo falsas, aumentando ainda mais a desinformação sobre o TEA.
Sabendo disso, trouxemos até você mentiras e verdades envolvendo o Transtorno do Espectro Autista. Confira logo abaixo:
1. Autismo é doença?
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Mentira. Embora muitos acreditem que o Transtorno do Espectro Autista seja uma doença, isso não é verdade, e é exatamente por esse motivo que não há nenhuma ‘cura’.
“O TEA é uma condição relacionada ao desenvolvimento do cérebro que afeta a forma como uma pessoa percebe o mundo e se socializa”, comenta a médica neurologista.
Sendo assim, as pessoas que possuem TEA encontram dificuldade em interagir socialmente, bem como se comunicar com os demais.
Há casos em que muitos autistas conseguem desenvolver tranquilamente todos os desafios impostos a eles, já outros precisam muito mais de auxílio.
2. Vacinas podem causar autismo?
Mentira. Não há nenhuma informação que possa comprovar esse fato, de acordo com a OMS. Segundo a neurologista Fabiele Russo, o autismo tem haver com ligações genéticas, na maioria das pessoas, ao mesmo tempo que outros dependem de fatores ambientais.
3. Todos são extremamente agressivos?
Mentira. Mesmo que agressividade possa estar na lista de características de uma pessoa com TEA, nem todas necessariamente são. Não há como generalizar.
“Algumas pessoas com TEA podem realmente ser menos tolerantes e ter grandes frustrações, mas isso pode ocorrer quando existe uma dificuldade de se expressar”, comentou Russo, porém, não é nenhuma via de regra.
4. Tratamento do autismo envolve o acompanhamento de outros profissionais?
Verdade. Para aqueles que possuem o TEA eles podem receber o acompanhamento de mais de um profissional, isto é, médico, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo, fisioterapeuta, entre outros.
5. Há exames para diagnosticar TEA?
Verdade. De acordo com a Dra. Fabiele Russo, o diagnóstico acontece de forma clínica, tem como base algumas evidências científicas, os quais são impostos pelo DSM-V (Manual de Diagnóstico e Estatístico da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria), bem como também pelo CID-11 (Classificação Internacional de Doenças da OMS).
6. Quem tem TEA é mais inteligente?
Mentira. Existem realmente pessoas com autismo que possuem uma inteligência mais elevada do que a média, porém isso não é via de regra. Nem todos são assim.
