Dilma Rousseff é eleita para presidir o novo banco dos Brics
Sete anos após impeachment da Presidência do Brasil por crimes de responsabilidade, Dilma Rousseff assume cargo de liderança. Confira!
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A ex-presidente brasileira Dilma Rousseff foi eleita para liderar o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), uma instituição financeira criada em 2014 pelos países do BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Dilma substituirá Marcos Troyjo, um diplomata e economista que fazia parte da equipe de Paulo Guedes, e assumirá seu novo cargo em 29 de março durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China.
O conselho de governadores do NBD, composto pelos ministros das finanças dos países fundadores, mais representantes dos quatro novos membros (Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Egito e Uruguai), se reuniu por videoconferência e votou pela nomeação de Dilma em uma reunião interna.
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Ela foi questionada por autoridades estrangeiras ao longo do mês após o NBD anunciar o início da mudança de liderança.
A nomeação da ex-presidenta marca seu retorno a uma posição pública proeminente após ter sido afastada da presidência há sete anos por crimes de responsabilidade.
Novo salário de Dilma
Recentemente, foi divulgado que a ex-presidente Dilma Rousseff deve ganhar cerca de US$ 500 mil (R$ 2,6 milhões) por ano como presidente do Banco dos BRICS.
Esse valor é equivalente ao que é pago pelo Banco Mundial.
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Além do salário bastante atrativo, o NDB também oferece outros benefícios interessantes para seus funcionários, como:
- Assistência médica,
- Auxílio-viagem para o país de origem,
- Subsídios para mudança em caso de contratação e desligamento,
- Transporte aéreo.
Pedaladas fiscais
A escolha da ex-presidente Dilma Rousseff como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), gerou polêmica e controvérsia.
Isso se deve, em grande parte, ao fato de que Dilma foi alvo de um processo de impeachment em 2016, que resultou na sua destituição do cargo de presidente do Brasil.
O impeachment da ex-presidente foi aprovado pela Câmara e pelo Senado em um processo que alegava o crime de responsabilidade pela prática das chamadas “pedaladas fiscais” e pela edição de decretos de abertura de crédito sem a autorização do Congresso.
Apesar dessas controvérsias, Dilma foi escolhida como candidata única para o cargo de presidente do NDB, indicada por seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Seu mandato vai até julho de 2025, e os presidentes costumam ser eleitos por unanimidade.
O NDB foi criado em 2014, durante o mandato de Dilma como presidente, após uma reunião de cúpula dos chefes de Estado dos BRICS realizada em Fortaleza.
Um dos objetivos do NDB era ampliar as fontes de empréstimos e fazer um contraponto ao sistema financeiro e às instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Atualmente, a carteira de investimentos do NDB é da ordem de US$ 33 bilhões e é direcionada para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países membros.
