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Rio Grande do Sul em alerta: Bairros e pontes exigem novos padrões contra riscos climáticos

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Descubra a drástica mudança na reconstrução do RS após enchentes: Ministra alerta sobre novo normal climático!

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A devastação causada pelas recentes enchentes no Rio Grande do Sul trouxe à tona a necessidade urgente de repensar a infraestrutura urbana e as obras públicas no estado. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que a reconstrução deve considerar o “novo normal” climático, durante uma entrevista exclusiva ao telejornal Repórter Brasil, da TV Brasil, na noite de sexta-feira (10).

Reavaliação das construções existentes

“Com certeza, teremos que nos adaptar. Algumas coisas poderão ser reconstruídas como eram, mas outras podem não ser possíveis mais da mesma maneira,” afirmou Marina Silva. Segundo a ministra, tanto infraestruturas públicas como pontes, quanto áreas residenciais, precisarão ser reavaliadas para se adaptarem às novas demandas climáticas.

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“As pontes levadas pelas correntezas não poderão ser reconstruídas no mesmo lugar e não terão a mesma altura, e talvez não terão a mesma espessura, aí vai depender de uma avaliação técnica. Alguns bairros e comunidades talvez tenham que ser removidos para outras áreas, e tudo isso é muito doloroso,” explicou Marina Silva.

Alerta sobre repetição de tragédias no Rio Grande do Sul

“Não podemos ficar repetindo os mesmos problemas,” prosseguiu a ministra, lembrando outras tragédias causadas por enchentes no estado, como as que devastaram o Vale do Taquari no ano anterior. “O clima mudou, a realidade mudou, vamos conviver cada vez mais com esses extremos,” alertou.

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Estratégias de adaptação e mitigação

Além de lamentar as perdas humanas irreparáveis do Rio Grande do Sul, Marina Silva ressaltou a importância de mitigar prejuízos materiais futuros através de ações adaptativas. Essas ações incluem a redução do desmatamento e das emissões de CO2, cruciais para o manejo não só de desastres, mas da emergência climática como um todo.

“O volume de chuvas da última semana, que excedeu 500 milímetros, evidenciou a falta de resiliência das cidades para gerenciar tais volumes de água. Não ter rios assoreados, respeitar a mata ciliar, não ter edificações às margens de rios e córregos, isso ajuda muito. Ter sistemas de drenagem, sistemas de encostas, desobstrução de rios e galerias. Todas essas intervenções, combinadas, são muito importantes,” analisou a ministra.

Desafios de resiliência urbana

Os eventos recentes destacam a necessidade de se implementar estratégias de resiliência urbana. Isso inclui não apenas infraestrutura física, mas também a preparação das comunidades para lidar com situações de emergência.

Marina Silva enfatizou a necessidade de ações coordenadas: “Ter sistemas de drenagem adequados, evitar construções em áreas de risco e preservar áreas verdes são passos essenciais para reduzir os impactos de enchentes futuras.”

Implementação do Plano Clima

Para enfrentar esses desafios, o governo federal planeja introduzir o Plano Clima, que focará na previsão de ações de adaptação e mitigação para todos os setores da sociedade. O plano enfatiza o planejamento urbano nos 1.942 municípios brasileiros suscetíveis a eventos climáticos extremos.

Segundo a ministra, é fundamental estabelecer sistemas de alerta eficientes, criar rotas de fuga, e garantir a estocagem de alimentos, água potável e medicamentos. “Além disso, é essencial equipar locais públicos para acolher rapidamente a população em caso de desastre,” afirmou Marina Silva.

A reconstrução do Rio Grande do Sul pós-enchentes é uma tarefa que exige não apenas reconstruir o que foi destruído, mas também preparar o estado para um futuro onde eventos climáticos extremos serão cada vez mais comuns. A abordagem proposta pela ministra Marina Silva, que inclui uma avaliação criteriosa das infraestruturas e a implementação de medidas de adaptação climática, é essencial para garantir a segurança e resiliência das comunidades.

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