Descubra como a Biotecnologia promete prolongar a vida de cães em até 30%

Os fiéis e adoráveis companheiros caninos têm, infelizmente, uma vida mais curta do que gostaríamos cerca de 10 a 13 anos em média. No entanto, um avanço considerável na biotecnologia promete estender esse curto período, trazendo mais anos de vida aos nossos amados pets. A responsável por essa revolução é a empresa norte-americana Loyal, que anunciou recentemente um progresso significativo em relação a seu medicamento anti-envelhecimento canino.

Ainda na fase de ensaios clínicos, o medicamento encontrou apoio da Food and Drug Administration (FDA), a organização reguladora do governo norte-americano, que vê com bons olhos o desenvolvimento de medicamentos voltados para aumentar a longevidade. Desse modo, se antes imaginávamos nossos cães vivendo poucos anos, agora há luz no fim do túnel para estender essa expectativa de vida.

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A ciência por trás da longevidade canina

Até então, os esforços científicos para retardar o envelhecimento e ampliar a vida útil concentravam-se principalmente em organismos mais simples, como lombrigas. Porém, em organismos mais complexos e com vida mais longa, como os humanos, o caminho se mostrou mais desafiante. Contudo, a CEO da Loyal, Celine Halioua, acredita que os cães, por lidarem com doenças semelhantes às nossas, podem ser um bom modelo para ampliar nossa compreensão sobre longevidade.

Fatores associados à longevidade canina

O medicamento inovador da Loyal, denominado LOY-001, é um tratamento injetável que mira em um hormônio de crescimento e metabolismo chamado IGF-1. Esse hormônio parece influenciar o tamanho dos cães, sendo encontrado em altos níveis nos cães de grande porte e em menores níveis nos cães de pequeno porte. Pesquisas indicam que a inibição do IGF-1 em moscas, vermes e roedores pode aumentar a expectativa de vida.

Os primeiros experimentos com o medicamento serão realizados com cães saudáveis com mais de 7 anos e pesando mais de 18 kg, sendo administrado a cada três a seis meses por um veterinário. Vale destacar que, a empresa pretende criar um ensaio clínico com cerca de mil cães de grande e gigante porte, estimando a chegada do produto ao mercado até 2026.

Embora novidade, a ideia central do LOY-001 não é tornar os cães imortais, mas sim, retardar suas taxas de envelhecimento. Isso, claro, levanta uma série de dilemas éticos, como as implicações na qualidade de vida dos animais. Mas, de qualquer modo, esse é um avanço que nos oferece mais anos ao lado de nossos melhores amigos.