Visitar os Avós Aumenta a Expectativa de Vida deles em 39%, revela estudo
Os benefícios de visitar os avós vão além do simples ato de convívio familiar: eles podem ser um fator crucial para aumentar a expectativa de vida desse grupo etário. Essas são as conclusões de um recente estudo britânico, que acompanhou a rotina de mais de 450 mil idosos a fim de compreender melhor a relação entre visitas familiares e seu impacto na saúde dos mais velhos.
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O estudo conduzido pela Universidade de Glasgow, na Escócia, constatou que a ausência de visitas regulares está correlacionada com um aumento considerável no risco de mortalidade entre os idosos. A solidão, caracterizada tanto pela ausência física de pessoas quanto pela falta de interação sensorial e emocional, surge como um dos principais fatores contribuintes para esse aumento do risco de morte.
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O impacto do isolamento sobre a saúde dos idosos
Em 2023, a pesquisa analisou os perfis de 458.146 idosos, com uma idade média de 56,5 anos, extraídos do banco de dados UK Biobank. Durante a investigação, que foi realizada ao longo de 13 anos, foi identificado que os idosos que relataram não ter contato regular com outras pessoas ou não receber visitas tiveram um aumento de 39% no risco de morte se comparados com pessoas da mesma faixa etária, sexo e estado de saúde, mas que desfrutam de uma rede social mais ativa.
Os resultados foram estrondosos, independentemente da frequência das visitas – seja mensal, semanal ou diária. Em seu relatório, publicado na revista BMC Medicine, os pesquisadores deixaram claro que os idosos que vivem em isolamento social, sem atividades de grupo ou visitas frequentes, enfrentam um risco exacerbado de mortalidade.
Por que visitar os avós com frequência?
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Harmish Foster, um dos autores do estudo, ressalta que a carência de atividades em grupo, a vivência do isolamento social e a ausência de visitas estão interconectadas e representam juntas um aumento considerável no risco de morte. Notavelmente, as pessoas que relataram nunca receber visitas apresentaram percentuais mais altos, alcançando uma média de 39% de aumento no risco.
De acordo com os pesquisadores, o isolamento social influencia negativamente no comportamento, na rotina e estado mental dos idosos. A presença física de amigos e familiares pode oferecer um suporte importante, facilitando o acesso a serviços de saúde e até incentivando a adoção de um estilo de vida mais saudável.

Há também a teoria de que o isolamento social favorece o aumento do consumo de álcool e tabaco, enquanto que a prática de exercícios físicos e as interações sociais frequentes desempenham um papel crucial na redução desses comportamentos de risco. Estes últimos estão diretamente vinculados ao provável desenvolvimento de doenças crônicas, diminuição da qualidade de vida, e, em situações extremas, ao aumento da taxa de mortalidade.