Novo método de reconstrução facial revela características de Neandertais

Os Neandertais, uma espécie de hominídeo que habitou nosso planeta entre 47 mil e 56 mil anos atrás, continuam a fascinar cientistas e curiosos. Graças ao avanço em tecnologia e ciência, foi possível obter uma imagem mais realista desses ancestrais através de um novo método de reconstrução facial.

Revelada durante uma conferência apresentada pelo Ministério da Cultura da Itália em outubro de 2023, essa nova visão dos antigos membros da família humana é um exemplo incrível do que a ciência moderna pode oferecer em termos de reconstrução e visualização histórica.

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Como foi feita a reconstrução facial dos Neandertais?

Para realizar a magistral reconstrução facial dos antigos Neandertais, os cientistas combinaram arte e tecnologia. A base desta incrível façanha foram as tomografias computadorizadas (TC) existentes do crânio de um Neandertal. Em seguida, artistas forenses preencheram as lacunas existentes através de medidas tomadas com base em um crânio humano retirado de um banco de dados de doadores.

O processo, que constituiu a estrutura necessária para gerar o formato do rosto, incluiu também o uso de marcadores de espessura de tecidos moles em doadores humanos vivos para construir digitalmente a pele e os músculos. Posteriormente, detalhes como cor de pele e cabelo foram adicionados para tornar a aproximação mais realista.

Os Neandertais eram parecidos conosco?

As imagens geradas através deste fascinante processo de reconstrução facial revelam uma figura estranhamente familiar. “Os Neandertais eram parecidos conosco, mas ao mesmo tempo eram diferentes, como a peculiar ausência do queixo, por exemplo”, explicou o Ministério da Cultura da Itália.

Essa não é a primeira tentativa de criar uma impressão visual dos Neandertais, mas é considerada a mais precisa até agora. Os pesquisadores utilizaram dados de tomografia computadorizada para detalhar com maior precisão como seria a face desse hominídeo. Uma comparação das reconstruções ao longo dos anos mostra como os Neandertais foram ‘humanizados’, movendo-se para longe de percepções mais brutais e exageradamente semelhantes a macacos.

Este avanço na percepção dos Neandertais é atribuído a inúmeros avanços no estudo desses hominídeos que mostraram que eles estavam mais próximos na anatomia – e, portanto, na fisiologia – do Homo sapiens moderno. O novo rosto dos Neandertais é um testemunho do poder da ciência em nos aproximar de nossos ancestrais, permitindo-nos vislumbrar seus rostos que uma vez olharam para o mesmo mundo que compartilhamos agora.