Alarme mundial na saúde: Cigarros eletrônicos são 15 vezes mais potentes e nocivos
Os cigarros eletrônicos, com a sua aparência moderna, variedade de sabores e popularidade crescente entre o público jovem, têm alarmado especialistas em todo o mundo. Conhecidos também como pods ou vapes, estes aparelhos deixam as autoridades de saúde internacional em alerta para um possível surto de adoecimentos nos próximos anos.
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Comummente, uma concepção errônea de que os cigarros eletrônicos são menos perniciosos do que os cigarros tradicionais circula na internet, auxiliando na explosão de sua popularidade principalmente entre os mais jovens. As redes sociais têm um papel importante na disseminação desta ideia, retratando os vapes como glamurosos, saudáveis e seguros, algo que, segundo especialistas, não é verdade.

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Os riscos dos cigarros eletrônicos
A médica pediatra e pneumologista do Hospital Pequeno Príncipe, Débora Chong, alerta para os riscos trazidos pelos cigarros eletrônicos. A especialista explica que mesmo os pods que não contêm nicotina podem trazer sérios riscos à saúde. “Estudos já mostram que alguns tipos de aromatizante, quando aquecidos na temperatura em que o vape aquece, também formam substâncias prejudiciais, inclusive cancerígenas, que vão agredir o pulmão e podem até levar à hospitalização no curto prazo”, alerta.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), além desses efeitos, há um aumento na prevalência de bronquite e asma, danos à saúde bucal e da faringe, e até dependência. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também alerta para os riscos que os dispositivos podem trazer para o desenvolvimento cerebral, com impactos no aprendizado e na saúde mental.
Os cigarros eletrônicos são menos nocivos que os tradicionais?
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Outro dado alarmante é que alguns cigarros eletrônicos podem conter muito mais nicotina do que os cigarros tradicionais. De acordo com Chong, podemos encontrar entre 10 e 15 vezes mais nicotina numa ampola de vape do que em um maço de cigarro.
Os perigos dos cigarros eletrônicos são, infelizmente, semelhantes aos dos cigarros comuns. A doctora Chong conclui: Todo mundo precisa saber que o cigarro eletrônico não é inócuo, não é tão simples e faz mal à saúde. É um cenário preocupante
.
Juntamente com a informação clara e precisa, a especialista cita a necessidade de acolhimento e diálogo franco com os jovens para a prevenção do uso dos vapes e consequentemente, de doenças associadas.