Robôs do INSS negam seis em cada dez pedidos de benefício, segundo CGU
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O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passou a utilizar robôs para análises e deferimentos de benefícios. No entanto, essa nova presença digital vem sendo questionada. De acordo com uma auditoria recente da Controladoria-Geral da União (CGU), essa automatização resultou em uma taxa de indeferimento de pedidos de aposentadoria, pensão e outros benefícios de 60%.
Uma comparação com os dados de 2021 mostra um aumento significativo, e essa alta taxa de recusas sinaliza um possível aumento nos recursos submetidos ao Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS) e nas ações judiciais relacionadas. Analisando de perto essa situação, podemos entender melhor o impacto dessa digitalização no sistema previdenciário brasileiro.

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Qual o impacto dessa alta taxa de indeferimentos?
Com mais de 1,65 milhão de registros na fila do CRPS, a soma total daqueles que aguardam respostas do INSS, incluindo pedidos iniciais e recursos, ultrapassa 3,28 milhões. A CGU questiona a eficácia dos robôs na análise. A recomendação da CGU é por revisões no processo automático, combinado com mais instrução aos segurados para garantir que os requerimentos sejam feitos corretamente.
Quais são as perspectivas?
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Ailton Nunes, diretor de Tecnologia da Informação do INSS, afirmou que os robôs, até então, têm dificuldades para lidar com requisições mais complexas, que requerem análises manuais. Segundo Nunes, 97% das decisões sobre os pedidos de segurados são tomadas pelo sistema automatizado. Mesmo enquanto a taxa de indeferimentos aumenta, o INSS mantém sua média constante na concessão de benefícios, aprovando cerca de 52% dos pedidos desde 2021.
Por que a maioria dos pedidos é negada?
A grande diferença aqui é que, enquanto em anos anteriores a decisão de negar ou aprovar um pedido dependia de um funcionário, agora a maior parte dos indeferimentos (66%, em média) é realizada por robôs. O INSS continua a investir na melhoria do processo de automação e instrução aos usuários para alcançar melhores resultados.
Em meio a este cenário, aumenta a importância da adequada instrução para que o segurado reúna e encaminhe corretamente todos os documentos necessários para solicitar um benefício. Com a presença cada vez maior dos robôs no processamento de pedidos, o conhecimento sobre o funcionamento do sistema torna-se essencial para obter uma resposta positiva.
Assim, fica evidente que a digitalização veio para ficar, mas ainda existem muitos desafios a serem superados para que esta transição seja bem-sucedida e justa para todos os brasileiros que dependem do INSS para seus benefícios previdenciários.