Operação Thunder desmantela esquema de sonegação de R$ 300 milhões do grupo dono da cachaça Velho Barreiro
A Operação Thunder, uma operação conjunta de busca e apreensão, está acontecendo em São Paulo com o objetivo de desmantelar um esquema de sonegação fiscal que teria sonegado mais de R$ 300 milhões no ramo de bebidas. Segundo as autoridades, o grupo Tatuzinho, detentor das marcas Velho Barreiro, Tatuzinho e 3 Fazendas, é o principal alvo desta operação.
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O G1 entrou em contato com a Empresa Tatuzinho para obter mais detalhes sobre as alegações feitas pelas autoridades, mas, até o presente momento, as tentativas de comunicação não foram respondidas. A empresa divulgou uma nota onde declarou que “atua dentro da legalidade, cumprindo rigorosamente suas obrigações tributárias e fiscais”. Além disso, também informou que não teve acesso aos autos sobre a operação e que está colaborando com as autoridades.

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Investigação em andamento
A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) juntamente com o Grupo de Atuação Especial do Ministério Público Estadual (Gaeco), a Procuradoria Geral do Estado (PGE), a Receita Federal e as Polícias Civil e Militar, está realizando a operação. Este é um esforço coletivo para combater a sonegação fiscal, uma prática que prejudica as finanças públicas e, consequentemente, a sociedade.
De onde vem os rumores?
De acordo com o Ministério Público, as investigações tiveram início em 2019 e o grupo Tatuzinho estaria usando repetidamente operações simuladas interestaduais visando reduzir o valor do ICMS devido pelas operações próprias e por substituição tributária (ICMS ST). Os investigadores também identificaram indícios de lavagem de dinheiro por meio do uso de empresas de participação e fundos de investimento em nome de terceiros, além de falsidade ideológica e associação criminosa.
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A Operação Thunder surgiu como uma contramedida nessas práticas indesejáveis. A operação foi assim nomeada em alusão ao termo usado pelos fraudadores ao referenciar os pedidos de compras em notas fiscais relativas às operações simuladas. A missão é desmascarar essa operação e garantir que a justiça seja feita.
Penalidades previstas
Os envolvidos no esquema de sonegação poderão responder pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsidade ideológica, além de sanções administrativas após a constituição do crédito tributário para minimizar a chance desses crimes ocorrerem, os entes reguladores devem estar em vigilância constante e as empresas devem estar cientes das graves consequências, tanto legais como reputacionais, que podem advir dessa prática nefasta.