Militar envolvido em furto de armas do exército entrega atestado psiquiátrico
Furto de metralhadoras: Militar investigado entrega atestado de saúde
Em meio ao polêmico caso do desaparecimento de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército, sediado em Barueri (SP), um dos militares suspeitos de envolvimento entregou na última sexta-feira, 27 de outubro de 2023, um atestado de saúde por estar em tratamento psiquiátrico.
Segundo fontes, o militar em questão, um cabo do Exército, fez a visita ao quartel acompanhado por seu advogado, no intuito de apresentar o atestado. Além dele, outros 16 militares estão sendo investigados e cumprindo punição disciplinar pelo desaparecimento das armas.
Leia mais:
Adolescente vítima de bullying e homofobia abre fogo em escola, mata uma e fere dois
Ataque em escola desperta alerta: Lula condena fácil acesso de jovens a armas
Situação atual das investigações
No total, 21 armas desapareceram do Arsenal de Guerra, sendo 13 metralhadoras de calibre 50, capazes de abater aeronaves, e 8 de calibre 7,62. Segurando as rédeas da investigação, o Comando Militar do Sudeste já conseguiu recuperar 17 das metralhadoras furtadas, restando ainda 4 em paradeiro desconhecido.
Os armamentos foram encontrado em duas operações diferentes, a primeira, realizada pela Polícia do Rio de Janeiro, recuperou 8 metralhadoras em 19 de outubro, enquanto a Polícia Civil de São Paulo encontrou mais 9, no dia 21 de outubro. Por mais que as operações tenham sido bem-sucedidas, ainda há 4 metralhadoras desaparecidas.
O que representa este crime?
Ao considerar a grandeza desse desvio, é necessário destacar que foi o maior ocorrido nas Forças Armadas desde 2009, de acordo com dados do Instituto Sou da Paz. Segundo a instituição, entre janeiro de 2015 e junho de 2020, 27 armas do Exército foram desviadas no Brasil.
Com cada metralhadora ponto 50 na mão do crime organizado, isso pode se transformar em uma crise de segurança pública, conforme destacado por Bruno Langeani, gerente de projetos do Sou da Paz. Para ele, a responsabilidade agora recai sobre o Exército, que deve trabalhar em conjunto com a Polícia Civil e a Polícia Federal na recuperação das demais armas e no esclarecimento do crime.
Conclusão
A população brasileira aguarda ansiosa por mais informações sobre a investigação e pela recuperação das demais metralhadoras, entendendo a relevância e a gravidade deste caso. Continuaremos acompanhando de perto e informando prontamente a todos a respeito.