Saúde mental em risco: Os efeitos do consumo de notícias violentas e como proteger-se
Impacto do consumo de notícias violentas na saúde mental
Diferentes partes do mundo têm sido palco de tensões e conflitos intensos, com destaque para a situação preocupante entre Israel e Gaza. Com a facilidade de acesso à informação, somos bombardeados por imagens e histórias traumatizantes nos canais de televisão, rádio, jornais e portais de internet. Esse cenário tem provocado discussões acerca do impacto que o consumo de notícias violentas pode causar na nossa saúde mental e, especialmente, na dos nossos filhos.
Nesta semana, a Associação Americana de Psicologia divulgou um comunicado abordando a problemática. Segundo a instituição, é notável como o medo, a ansiedade e o estresse traumático podem afetar negativamente a nossa saúde mental. Esta preocupação ganha contornos ainda mais sérios por impactar diretamente pessoas que têm familiares na região dos conflitos ou que se preocupam com os efeitos das guerras no mundo.
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Como proteger a saúde mental enquanto buscamos informação?
Um questionamento que surge daí é como podemos permanecer informados e conectados enquanto protegemos a nossa saúde mental e a dos nossos filhos. Esta questão é pertinente, considerando uma lista de eventos de estresse em larga escala tais como: invasões a prédios governamentais, alterações climáticas, eventos pandêmicos como o Covid-19, entre outros.
Os perigos das imagens e como afetam a saúde mental
Podemos considerar que, especificamente, as imagens tendem a ser problemáticas por darem a impressão de que o perigo está próximo. “As imagens visuais, mais do que algo que você ouviu ou leu, tendem a ficar na sua mente como um filme. E podem se tornar imagens intrusivas que você não consegue tirar da cabeça”, explica Saltz.
Diante dessa realidade, a médica oferece algumas dicas para cuidarmos da nossa saúde mental e da nossa família em tempos de exposição a grandes volumes de informações. Limitar o consumo de notícias e redes sociais é o primeiro passo. E finalmente, buscar fontes confiáveis.
O papel dos pais diante desse desafio
Os pais têm um papel fundamental nesse cenário. Eles devem iniciar as conversas com seus filhos sobre os eventos, buscando sempre apresentar as informações de maneira adequada à idade. É importante garantir que a criança possa expressar suas percepções e perguntas, em um diálogo aberto e acolhedor.
Enfim, é importante reconhecer que vivemos tempos de sobrecarga de informações e que precisamos desenvolver estratégias para preservar nossa saúde mental. Atentar para possíveis sintomas de ansiedade ou depressão, principalmente em crianças e adolescentes, é um alerta constante. Lembre-se de procurar ajuda de um profissional de saúde especializado, se necessário.