Furacão Otis categoria 5 devasta Acapulco: 27 mortos, 4 desaparecidos e grave crise climática
Furacão Otis deixa destruição e morte em Acapulco, no México
A cidade de Acapulco, no México, enfrentou um dia trágico na última quarta-feira (25). Ao menos 27 pessoas morreram e outras quatro ainda estão desaparecidas após a passagem do furacão Otis, categoria 5, que atingiu a costa mexicana com uma força devastadora, capaz de derrubar árvores, destruir edifícios, casas e causar graves alagamentos e deslizamentos de terra.
O Ministro da Segurança, Rosa Icela Rodriguez, deu um pronunciamento sobre a situação na manhã do dia seguinte, destacando os esforços das autoridades mexicanas para determinar a extensão total da devastação causada pelo furacão Otis.
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Avaliação dos danos
Relatos indicam que o furacão causou significativas interrupções nas redes de comunicações, dificultando tanto o atendimento de emergências quanto a comunicação da população. Com a situação complicada, a Coordenadora Nacional de Proteção Civil, Laura Velázquez, anunciou que membros do governo mexicano iriam a Acapulco para avaliar os estragos pessoalmente.
Preparação e Reações
Devido à rápida intensificação de Otis, que evoluiu de uma tempestade tropical para um furacão perigoso de categoria 5 em apenas 12 horas, autoridades e residentes tiveram pouco tempo para preparação. Por outro lado, o furacão enfraqueceu rapidamente ao seguir para o interior e já na tarde de quarta-feira, ele havia se dissipado nas montanhas ao sul do México.
Entretanto, as fortes chuvas da tempestade continuaram impactando a região até a quinta-feira, provocando inundações repentinas, deslizamentos de terra e destruindo infraestruturas. Em Acapulco, mais de meio milhão de residências e empresas ficaram sem energia durante a passagem do furacão, segundo a concessionária de energia CFE.
Os impactos da crise climática
A maneira rápida de como o Otis se intensificou é vista pelos cientistas como um dos sinais da crise climática causada por ações humanas, que tem se tornado frequente.
Estudos indicam que mais de 90% do aquecimento global nos últimos 50 anos ocorreu nos oceanos, o que raramente é uma boa notícia quando falamos em furacões de grandes intensidades, já que estes se intensificam com calor do oceano. Outro fator preocupante é o El Niño, que está em crescimento no Pacífico este ano, elevando ainda mais as temperaturas dos oceanos.
Dessa forma, as autoridades locais e internacionais observam com apreensão o impacto desses eventos climáticos extremos e buscam alternativas para minimizar os danos causados e melhorar a preparação e respostas a estes desastres.