Equipe de Taikonautas: A nova missão da Estação Espacial Chinesa, Tiangong

A China segue em sua trajetória determinada na exploração espacial. Na última quarta-feira (25), a Agência Espacial Tripulada da China (CMSA) anunciou uma nova missão com três taikonautas – o termo usado para astronautas chineses – que estão prestes a serem enviados à estação espacial Tiangong para uma estadia de seis meses. Desta vez, a equipe é formada apenas por homens e representa a equipe mais jovem já enviada ao laboratório orbital chinês.

A missão Shenzhou-17, que representa o sexto voo tripulado para a estação espacial chinesa, é integrada por Tang Hongbo, 48 anos, Tang Shengjie, 33 anos, e Jiang Xinlin, 35 anos. Hongbo detém a posição de comandante e será o primeiro taikonauta a retornar à estação espacial chinesa. Por sua vez, Shengjie e Xinlin são estreantes em voos espaciais.

Leia mais:

Americanos acusados de venderem fósseis de dinossauros ilegalmente para a China

Menino de 5 anos causa alvoroço ao ficar preso em máquina de ursinhos na China

O que espera a equipe da missão Shenzhou-17?

Os três homens embarcarão em uma cápsula acoplada à ponta de um foguete Long March 2F. A decolagem está marcada para o início da madrugada de quinta-feira (26), horário de Brasília. Como resultado, é esperado que a nave ancor à porta do módulo central Tianhe cerca de sete horas após o lançamento.

Uma vez lá, eles serão recebidos por Jing Haipeng, Zhu Yangzhu e Gui Haichao, taikonautas da missão Shenzhou-16, que retornam à Terra no próximo dia 31, após cinco meses de trabalho na estação.

Ambições espaciais da China

Com 20% da massa total da Estação Espacial Internacional (ISS), Tiangong tem uma vida útil prevista de 10 anos, podendo ser prolongada por mais cinco com futuros upgrades, de acordo com a Administração Espacial Nacional da China. O país planeja manter a estação ocupada durante esse tempo, com taikonautas e astronautas de outras nacionalidades, com visitas turísticas também sendo uma possibilidade.

Importante ressaltar que a China, sendo a segunda maior economia do mundo, tem investido substancialmente para ultrapassar a Rússia e os Estados Unidos na corrida espacial. Um de seus principais objetivos é enviar humanos à Lua até 2030. A missão Shenzhou-17 é mais um passo em direção a esse objetivo.