Crise de saúde em Gaza: Conflito armado aflige hospitais e multiplica doenças em abrigos superlotados
Consequências devastadoras: A crise de saúde em Gaza diante do conflito armado
- Publicidade -
As tensões na Faixa de Gaza nunca estiveram tão altas como agora. Uma trágica realidade que numerosos hospitais vêm enfrentando devido ao intenso bombardeio de Israel. Médicos relatam uma aflição angustiante devido aos sinais de doenças oriundos da superlotação e falta de saneamento, consequências imediatas do grande deslocamento de mais de 1,4 milhão de pessoas em busca de abrigos temporários.
Sob o estrangulamento do bloqueio israelense, que fez escasso o suprimento de eletricidade, água potável e combustível, as agências de ajuda humanitária chamam repetidamente a atenção para uma crise de saúde iminente nessa região lotada e sitiada.

Leia mais:
- Publicidade -
Adolescente vítima de bullying e homofobia abre fogo em escola, mata uma e fere dois
Ataque em escola desperta alerta: Lula condena fácil acesso de jovens a armas
O que dizem os médicos?
A aglomeração civil e a falta de espaço nos abrigos estão se tornando um ambiente propício para a propagação de doenças. Nahed Abu Taaema, médico do Hospital Nasser, afirma com preocupação sobre as doenças que estão se propagando em abrigos superlotados que eram originalmente escolas.
No pós-conflito que se seguiu ao ataque do Hamas que matou mais de 1.400 pessoas, as autoridades palestinas informam cerca de 5.800 mortes oriundas dos ataques aéreos e de artilharia israelenses. A metade norte da Faixa de Gaza, agora devastada por ataques, tem aproximadamente 45 km de comprimento.
- Publicidade -
Os hospitais estão parando?
O risco de paralisação de hospitais é uma sombria realidade. Com a falta de combustível para alimentar seus geradores, equipamentos essenciais como incubadoras para recém-nascidos correm sério risco. O Ministério da Saúde, administrado pelo Hamas, informou que 40 centros médicos suspenderam as operações em um momento crucial.
Devido à intensidade dos bombardeios, um dos poucos centros médicos ainda em funcionamento no norte de Gaza, o Hospital Beit Hanoun, interrompeu suas operações. A Organização Mundial da Saúde(IDA) adverte com seriedade a inviabilização das operações de um terço dos hospitais de Gaza.
Qual é a situação dos abrigos temporários?
Nos abrigos temporários, as pessoas estão começando a sofrer com problemas estomacais, infecções pulmonares e erupções cutâneas, consequências da superlotação e condições precárias. Segundo Sojood Najm, uma mulher que busca abrigo com sua família, “Há insetos… À noite, faz frio e não há cobertores suficientes para todos. As crianças estão doentes”.
Como uma falta aguda de mercadorias e medicamentos se estende pelo território, a preocupação é que os tratamentos para doenças crônicas pode se esgotar. Enquanto isso, o aumento dos bombardeios continua a causar o maior sofrimento em Gaza. Após um ataque aéreo, Abdallah Tabash perdeu sua filha, recusando-se a soltá-la enquanto segurava seu rosto manchado de sangue. “Quero olhar para ela o máximo que puder”, disse ele.