Presos por ataques no Rio serão transferidos para presídios federais, anuncia governador
Após ataques, detidos no Rio de Janeiro serão mandados para presídios federais
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No Rio de Janeiro, o Governador Cláudio Castro (PL) anunciou na última segunda-feira (23), a intenção de transferir os 12 presos na cidade em decorrência de suspeita de participação em ataques a ônibus para presídios federais. Essa decisão se dá pelo entendimento da realização de “ações terroristas”, segundo as palavras do governador.
Estima-se que um total de 35 coletivos foram incendiados na região oeste carioca, de acordo com as informações fornecidas pelo sindicato que congrega as companhias de ônibus da capital. A Polícia Civil supõe que tais ações foram perpetradas por um grupo de milicianos, em represália à morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão ou Teteu, durante confronto com policiais civis em uma favela de Santa Cruz.
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Detidos por ações terroristas: Por que são levados a presídios federais?
Os detidos por ações conceituadas como terroristas são geralmente enviados para presídios federais, onde o nível de segurança é máximo, dada a alta periculosidade dos crimes cometidos. Segundo as autoridades, isso é importante para evitar que mantenham contato com outros membros da facção da qual fazem parte, se estiverem no sistema carcerário estadual.
Ainda não foram divulgadas as informações referentes a quais instituições federais serão encaminhados os 12 homens detidos na segunda-feira. No Brasil, existem cinco penitenciárias federais situadas em Papuda (DF), Campo Grande (MS), Catanduvas (PR), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO) e, habitualmente, abrigam chefes de organizações criminosas, presos condenados por integrar grupos violentos, delatores ameaçados e indivíduos envolvidos em tentativas de fuga de presídios comuns.

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Quais medidas estão sendo tomadas no combate às milícias?
Castro alegou que os recentes ataques não puderam ser prevenidos previamente, devido à falta de coordenação, tornando impossível a sua detecção pelas equipes de inteligência policial. No entanto, ressaltou que essa operação representou um golpe significativo contra uma das maiores milícias da zona oeste do Rio. O governador garantiu que o esforço policial continuará até que os três maiores líderes milicianos sejam capturados, conhecidos pelos apelidos de Zinho, Tandera e Abelha.
Os recentes ataques a ônibus, segundo as empresas responsáveis pelo transporte público na cidade, representam o maior ataque ao transporte público na história do Rio de Janeiro. Como resposta a essa ação violenta, Castro condenou a atuação das milícias e se solidarizou com a população, lamentando que criminosos utilizem a população como escudo em suas atividades.