Petrobras reduz preço da gasolina e aumenta diesel entenda as justificativas

No último sábado, a Petrobras anunciou uma redução de 4,1% no preço da gasolina a partir das refinarias, enquanto o diesel apresentou um aumento de 6,6%. As modificações coincidem com uma onda de variações nos preços internacionais, que se intensificou no início do conflito entre Israel e o Hamas no início do mês. Neste artigo, vamos abordar as justificativas apresentadas pela empresa e discutir o que esperar para o futuro dos preços dos combustíveis.

A estatal comunicou que a gasolina terá uma redução de R$0,12 por litro, enquanto o diesel, terá um aumento de R$0,25. Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, afirmou que a estratégia comercial implementada tem sido bem-sucedida na promoção da competitividade da empresa no mercado e evitando o repasse da volatilidade para os consumidores.

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Por que os preços têm movimentos distintos?

A Petrobras justificou os diferentes movimentos no mercado de diesel e gasolina. Segundo o comunicado da empresa, o fim do período sazonal de maior demanda global pela gasolina resulta em maior disponibilidade e desvalorização do produto em relação ao petróleo. Por outro lado, o diesel registra uma demanda global constante, com expectativas de alta sazonal, levando à valorização do produto em relação ao petróleo.

Como fica a situação no ano?

Apesar do aumento do diesel, a Petrobras afirmou que a variação no ano acumula redução. Para a gasolina, a redução acumulada é de R$0,27 por litro, enquanto para o diesel é de R$0,44 por litro. A implementação de novas estratégias comerciais permitiu à Petrobras reduzir os preços de gasolina e diesel e amenizar os efeitos da volatilidade e do aumento abrupto dos preços externos.

Como os preços internacionais podem afetar os preços dos combustíveis?

Ainda é cedo para dizer como a escalada do conflito no Oriente Médio, principalmente se um grande produtor de petróleo como o Irã se envolver poderia impactar o preço dos combustíveis. Aproximadamente, o preço da gasolina precisaria subir R$0,30, e o diesel R$0,35 para se equiparar aos níveis internacionais, teoriza Étore Sanchez, economista da Ativa Investimentos.

O que esperar?

Os especialistas avaliam que a estratégia de preço da estatal não é sustentável no longo prazo. A alta nos preços do Brasil será inevitável num cenário de agravamento do cenário externo para que a rentabilidade dos produtos não seja comprometida, argumenta Fabio Silveira, sócio-diretor da MacroSector Consultores.