Distrito Federal registra aumento na inadimplência

Um levantamento feito pela Serasa indica que mais da metade dos brasilienses está endividada. Em agosto de 2023, a quantidade de pessoas inadimplentes na capital do país chegou a 1.278.676, representando 52,45% da população. Isso representou um aumento de 8% em comparação a agosto de 2022, evidenciando o crescimento acelerado deste problema.

Na lista dos gastos que mais comprometem as finanças dos moradores do DF, o cartão de crédito lidera. Diante deste cenário, economistas ressaltam que a adesão de programas como o Desenrola Brasil e o Refis pode ser uma alternativa para melhorar a situação financeira. Porém, é imprescindível que o consumidor se planeje melhor e mantenha a disciplina para evitar que as dívidas fujam do controle.

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Qual a visão dos economistas sobre a inadimplência no DF?

O economista César Bergo demonstra preocupação com este alto índice de inadimplentes. Ele destaca que este quadro é preocupante, especialmente quando se considera a renda do brasiliense que é a mais alta do país. Ele ressalta que a educação financeira e o planejamento são fundamentais para evitar esse cenário. Além disso, é importante que a população esteja preparada para cortar despesas ou até mesmo reduzir o padrão de vida quando necessário.

Como o programa Desenrola Brasil pode ajudar?

Este programa se apresenta como uma alternativa promissora para facilitar o pagamento das dívidas e regularizar a situação financeira dos brasileiros endividados. Maria da Conceição Braga, auxiliar de serviços gerais, ilustra uma das muitas histórias de brasilienses que se endividaram com o cartão de crédito e agora buscam ajuda no Desenrola Brasil para resolver a situação.

O que é o Programa de Incentivo à Regularização Fiscal do Distrito Federal (Refis)?

Além do Desenrola Brasil, o Refis surge como mais uma alternativa para ajudar a população a regularizar débitos tributários. Aprovado recentemente na Câmara Legislativa do Distrito Federal, o programa oferecerá oportunidades para regularizar tributos devidos ao Governo do Distrito Federal, como ICMS, ISS, IPTU, IPVA, ITBI, entre outros.

A empreendedora Adriana Ribeiro, por exemplo, vai recorrer ao Refis para regularizar o pagamento do IPVA do carro e da moto do marido. Com uma dívida total em torno de R$ 1,3 mil, ela conta que teve que mudar de emprego e ganhar menos devido a um problema de saúde do filho. Essa mudança, somada à pandemia de covid-19, fez com que a renda da família diminuísse muito.

Ainda que programas como o Refis possam ser uma solução paliativa, o economista Roberto Bocaccio ressalta que o ideal é que os contribuintes não adquiram o hábito de depender dessas medidas para quitar suas dívidas. Ele sugere que tais programas de renegociação de dívidas sejam usados de forma esporádica e consciente.