Justiça prende quadrilha que enganava vítimas com golpes de Pix e hackeando telefones
Polícia Civil prende quadrilha que roubava dinheiro pelo Pix ao invadir celulares
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Chamou a atenção da polícia um sofisticado golpe de roubo de dinheiro através do Pix. Segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil de São Paulo, os criminosos não estão mais apenas atacando após roubos e furtos de celulares, eles voltaram suas ações para roubar dinheiro de maneira remota das vítimas. Eles chegam até a recrutar funcionários terceirizados de empresas de telecomunicações para executar essas operações ilícitas.
Além de Santo André e Ribeirão Pires, na região metropolitana da capital paulista, as investigações também visaram endereços em Caldas Novas (GO), Palmas (TO) e Brasília (DF). Foram cumpridos seis mandados de prisão e outros 11 de busca e apreensão.

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Como foi o golpe pelo Pix?
Os criminosos operavam da seguinte maneira: inicialmente selecionavam as vítimas com base em dados vazados do score de crédito. Em seguida, o grupo colocava em prática o envio de “programas espiões” para tentar invadir o celular dessas pessoas, seja através de links ou de outros arquivos maliciosos.
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Uma vez que as vítimas clicavam em uma dessas iscas, os criminosos passavam a ter acesso aos dados bancários. Então, os desvios eram efetuados a partir de um outro celular.
Como os criminosos garantiam o sucesso das operações?
Para garantir a execução bem sucedida do golpe, os criminosos aliciaram funcionários terceirizados de operadoras de celular para configurar um novo chip com base nos dados dos celulares hackeados. Dessa maneira, a vítima ficava sem sinal de telefone no próprio celular, mas raramente desconfiava da possível fraude. Quando entravam em contato com a operadora, os usuários recebiam a informação de que o chip estava ativo. Os bandidos, então, acessavam o aplicativo bancário da vítima em outro celular e realizavam transferências pelo Pix para contas de terceiros sem levantar suspeitas.
Suspeitos detidos e a continuidade das investigações
Após uma fase de investigação, a polícia conseguiu identificar pelo menos seis suspeitos envolvidos na operação fraudulenta, com evidências de crimes semelhantes ocorridos em todo o Brasil. Autoridades do Deic de São Paulo alertam que as investigações permanecem ativas para identificar mais suspeitos e possíveis vítimas do esquema.