Jornada pelo conhecimento: Professor do Brasil se arrisca na Ucrânia para compreender o conflito
Na busca pelo aprofundamento dos estudos e conhecimento prático, o professor de sociologia e filosofia Victor França, aos 35 anos, protagoniza uma jornada de imersão nos territórios marcados por conflitos mundiais. Natural de São José dos Campos, Victor escolheu como destino a Ucrânia, um país que vive há quase dois anos uma guerra intensa e complexa.
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Iniciou suas viagens exploratórias e acadêmicas em 2014, quando decidiu conhecer de perto o conflito entre Israel e Palestina, que se arrasta desde os anos 1940. A experiência de visitar os países em pleno período de guerra foi, de acordo com o professor, essencial para a compreensão mais completa e realista dos conflitos.

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Por que a Ucrânia?
Em julho de 2023, o professor Victor decidiu embarcar para a Ucrânia. O país vive uma guerra desde fevereiro de 2022, ano em que foi invadido pela Rússia. Segundo Victor, estar no local do conflito possibilita uma compreensão mais profunda e realista do que acontece.
Como foi a viagem para a Ucrânia?
O início da jornada de França para a Ucrânia foi marcado por adversidades. Devido ao espaço aéreo do país estar fechado e ao boicote realizado por várias empresas aéreas contra a Rússia, não havia voos diretos do Brasil para a Ucrânia. Sua rota então foi traçada passando pela Turquia, Polônia e, finalmente, Ucrânia. No total, a viagem durou cerca de 36 horas.
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Qual a realidade vista na Ucrânia?
Adentrando o país ucraniano, Victor se deparou com as consequências da guerra. Na estação de trem de Przemysl, cidade polonesa na fronteira com a Ucrânia, visualizou uma cena que ilustra bem o impacto do conflito nas famílias: a maioria dos passageiros que embarcavam para a Ucrânia eram mulheres e crianças, tendo em vista que homens a partir dos 18 anos não podem deixar o país, porque podem ser convocados para o alistamento militar.
O professor relatou que as cidades da Ucrânia são muito rurais, com economia baseada na exportação de óleo e semente de girassol, batata e milho. Segundo Victor, ao visitar a Ucrânia, pôde perceber a potencialidade, peculiaridades e desafios do país que, apesar do conflito, se mantém resiliente.