15 anos da Lei Seca: Conheça os perfis dos infratores e as estatísticas

Uma década e meia atrás, o Brasil implementou uma legislação crucial na segurança rodoviária: a Lei Seca. Esta lei, na teoria, modificou a mentalidade dos motoristas brasileiros, mas as infrações chamam a atenção pela sua persistência.
A Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) do Ministério dos Transportes recentemente divulgou um estudo contundente a respeito do assunto.

Os detalhes desse relatório oferecem uma perspectiva assustadora. Considerando desde a implementação da lei, ou seja, em um período de 15 anos, o Brasil tem uma média de oito infracções da Lei Seca por hora. Um número alto demais para ser ignorado. Além disso, a maior parte das infrações acontece nos finais de semana, especialmente nas primeiras horas de sábado e domingo.

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Afinal, qual é o perfil predominante dos infratores?

Para além dos números alarmantes, o estudo também fez um recorte interessante para tentar perfilar quem mais infringe essa lei no Brasil. Constatou-se que os motoristas mais propensos a dirigir após ingerir álcool são homens de aproximadamente 42 anos, moradores das capitais dos estados.

Zoom sobre as infrações: de Junho 2008 a Junho 2023

Em 15 anos de aplicação da Lei Seca, o Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf) acumulou mais de 1 milhão de infrações de condução sob o efeito de álcool ou substâncias psicoativas. A violação dos condutores foi categorizada da seguinte forma:

• Mais de 80% dos infratores eram do sexo masculino;
• 90% das infrações foram cometidas por pessoas com mais de 30 anos;
• Os principais infratores tinham a primeira habilitação há 16 anos da infração.

Quais veículos mais infringiram a Lei Seca?

A maioria dos veículos autuados (90%) era de categoria particular. Além disso, cerca de 80% eram “veículos leves” – automóveis, camionetas, caminhonetes e utilitários. Os automóveis foram campeões nessa lista infeliz, com 65% das infrações. Foi relatado também que 97% dos veículos tinham apenas um registro de infração. Enquanto isso, cerca de 32 mil veículos tiveram entre dois a três registros; e só oito veículos tiveram mais de seis infrações.

No final das contas, o relatório alerta bastante sobre a persistência de comportamentos perigosos ao volante, embora a Lei Seca tenha sido um ponto de virada importante para a segurança rodoviária no Brasil.