Presidente Lula pede que desenvolvidos financiem transição energética

Em seu discurso de abertura na Assembleia Geral da ONU, esperado com alta expectativa, o presidente Lula (PT) promete reiterar a necessidade da contribuição financeira dos países desenvolvidos para os esforços de transição energética global.

Este novo enfoque no discurso internacional parece direcionar um apelo à justiça, evocando a proposição de que os países mais industrializados assumam a responsabilidade financeira pela mudança energética ambientalmente correta.

“Essa transição deve ser monetizada”, declarou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em uma entrevista à CNN. Ele enfatizou que o governo brasileiro quer transmitir a mensagem de que a inevitável agenda verde está, sem dúvida, ligada à construção de um mundo pacífico e próspero.

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Transição energética: um caminho para a paz?

A conversa entre o presidente Lula e o ministro Silveira revela um direcionamento estratégico importante. Eles acreditam que um mundo de paz pode ser construído a partir da prosperidade dos países em desenvolvimento e que os países desenvolvidos, com suas respectivas qualidades de vida estabelecidas, devem reconhecer esse fato. Essa abordagem da conexão entre os temas é a base das conversações atuais entre Lula e Silveira.

Estado brasileiro: um protagonista no palco global?

O ministro Silveira, que está atualmente em Nova York, onde apresentou o Programa Nacional de Transição Energética Justa e Inclusiva no domingo (17) num evento da ONU, abordou aos investidores estrangeiros os planos do governo brasileiro para promover a descarbonização da economia.

Ele destacou a importância do PL do Combustível do Futuro, uma iniciativa do governo que busca desbloquear projetos de biocombustíveis e hidrogênio verde no Brasil.

Qual é a dívida dos países ricos com o meio ambiente?

Lula tem batido na tecla de que os países desenvolvidos devem pagar pelo “desenvolvimento industrial” dos últimos 200 anos, como afirmou durante a Cúpula da Amazônia em agosto. Ele alegou que a dívida dos países ricos, que não estariam cumprindo acordos de financiamento para o desenvolvimento ambiental, supera a marca dos 100 bilhões de dólares.

O presidente brasileiro deve reforçar a posição de seu país neste debate global, citando a diminuição do desmatamento na Amazônia brasileira como um exemplo de seus esforços em prol do meio ambiente.