Escândalo Bilionário: Ex-CEO Miguel Gutierrez acusado de fraude financeira na Americanas
Economia: Miguel Gutierrez e o escândalo bilionário
No mundo corporativo, escândalos de fraudes financeiras sempre repercutem, tanto pela magnitude financeira envolvida como pelos danos causados à imagem da empresa. Recentemente, um nome tem gerado bastante estardalhaço no cenário econômico: o ex-CEO Miguel Gutierrez, acusado de ter participação numa fraude que supera os R$25 bilhões.
Para aqueles que ainda não estão familiarizados com o caso, Gutierrez é alegadamente responsável pela falsificação dos balanços contábeis da gigante do varejo Americanas. Os detalhes sobre o envolvimento do ex-CEO inicialmente vieram à tona numa ação judicial impetrada pelo próprio Bradesco contra a Americanas.
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As provas contra Gutierrez
As acusações contra Gutierrez não se baseiam em suposições, mas em provas concretas. Segundo a empresa, foram localizados arquivos digitalizados num iPad corporativo que indicam que a antiga diretoria, com o conhecimento e provável participação de Gutierrez, produzia duas versões dos demonstrativos da Americanas. Uma versão interna, com os dados verídicos, e outra adulterada para apresentação ao Conselho de Administração.
Os novos desdobramentos do caso
Em setembro de 2023, a Americanas tornou público novas provas que reiteram o envolvimento de Gutierrez na fraude. De acordo com a nota oficial, um e-mail emitido por Gutierrez a ex-diretores recomendava que informações sensíveis referentes ao orçamento do quarto trimestre de 2022 e endividamento da companhia não fossem compartilhadas nas reuniões com Sérgio Rial, que era o futuro CEO designado para substituir Gutierrez.
A Americanas também se posicionou contra a alegação de Gutierrez que insinuava que todos os órgãos da administração da companhia sabiam das dificuldades financeiras enfrentadas pela empresa. Como prova, a companhia destacou documentos apresentados ao Comitê Financeiro em novembro de 2022. Estes documentos mostravam que a diretoria liderada por Gutierrez compartilhava a perspectiva de que a empresa ainda geraria lucros substanciais nos próximos anos e que mantinha um nível de endividamento saudável.
Próximas etapas para a Americanas
Enquanto o caso segue em investigação, a Americanas continua a contestar a presença de Gutierrez em deliberações estratégicas, afirmando que registros de atividades do Comitê Financeiro e do Conselho indicam participação ativa do ex-CEO na gestão da empresa.
Olhando para o futuro, a empresa reitera o compromisso com a transparência e reforça que permanecerá disponível para colaborar com as investigações, de forma a esclarecer completamente a situação e promover um ambiente corporativo mais resiliente e ético.