Feminicídio no Brasil: Uma epidemia silenciosa
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Em 2023, a crueldade brutal de homicídios violentos ainda aflige o Brasil. No epicentro desta violência estão as mulheres, alvos de um crime que continua a crescer – o feminicídio. Vítimas como Mariele Bueno Pires e Thallita da Cruz Fernandes, assim como muitas outras, tornam-se estatísticas que revelam um cenário alarmante sobre a vulnerabilidade das mulheres no país.
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, uma mulher foi morta a cada seis horas no país. No total, foram 1.437 vítimas de feminicídio, um aumento de 6,5% em relação aos 1.347 registrados em 2021.
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Por que o feminicídio é tão predominante no Brasil?
A visão machista e sexista presente na sociedade brasileira contribui para a crescente desses crimes. Deíse Camargo Maito, professora de Direito da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), aponta que a crença de que as mulheres são inferiores aos homens e não têm direito a ter suas próprias vontades ainda é predominante em nossa cultura. Tal percepção instiga comportamentos violentos e justifica ações que levam ao feminicídio.
Quem são os agressores?
Os dados mostram que na maioria dos casos, o agressor está próximo da vítima, muitas vezes sendo seu parceiro ou ex-parceiro. Juliana Fontana Moyses, mestre em Direito pela Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, explica que o agressor nem sempre se apresenta como uma pessoa violenta o tempo todo, tornando difícil para a vítima perceber que está em uma relação abusiva.
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O que pode ser feito para parar o feminicídio?
Mudar essa realidade exige uma mudança cultural profunda e a conscientização da sociedade como um todo. Desrespeitos, agressões e violência psicológica, verbal e física são indicadores claros de uma situação potencialmente abusiva. Lazara Carvalho, advogada especialista em resolução de conflitos, sugere que é necessária uma educação centrada no antimachismo para contrariar essas tendências nocivas.
Além disso, é necessário fortalecer os canais de denúncia e as instituições de apoio à mulher. Central de Atendimento à Mulher, pelo número 180 ou pelo WhatsApp, assim como delegacias de polícia, são mecanismos essenciais para auxiliar as mulheres vítimas de violência.
O combate ao feminicídio precisa ser uma prioridade em nossa sociedade. São as vidas de nossas irmãs, mães, filhas e amigas que estão em jogo. Precisamos agir para garantir que o manto sombrio do feminicídio seja erradicado em nosso país.