Decisão de Toffoli desencadeia debate: Moro defende Lava Jato, Dino questiona julgamento de Lula
Sergio Moro comenta anulação de provas do acordo de leniência da Odebrecht na Lava Jato pelo ministro Dias Toffoli
Em uma reviravolta judicial recente, o ministro Dias Toffoli anulou todas as provas obtidas por meio do acordo de leniência da Odebrecht no contexto da Operação Lava Jato. A decisão gerou um tremor na estrutura da Operação Lava Jato que, até então, havia conduzido as investigações e processos de forma a obter resultados significativos na luta contra a corrupção.
Na esteira dessa sentença, o senador e ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, usou as redes sociais para expressar suas opiniões. Moro, que esteve no cerne da operação, defendeu a ação da força-tarefa e afirmou que todas as medidas tomadas pelo grupo estavam de acordo com a lei.
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Reação de Sergio Moro
Moro ressaltou o trabalho realizado pela Lava Jato ao longo dos anos e como a corrupção nos Governos do PT foi desvendada durante o processo. De acordo com Moro, “criminosos confessaram e mais de seis bilhões de reais foram recuperados para a Petrobras. Esse foi o trabalho da Lava Jato, dentro da lei, com as decisões confirmadas durante anos pelos Tribunais Superiores”.
O senador ainda frisou que todas as ações do grupo foram legais. Segundo ele, “Os brasileiros viram, apoiaram e conhecem a verdade. Respeitamos as instituições e toda a nossa ação foi legal. Lutaremos, no Senado, pelo direito à verdade, pela integridade e pela democracia. Sempre!”.
A decisão de Toffoli é válida?
Na decisão que invalidou as provas, Toffoli afirmou que elas foram obtidas “às margens” da lei, não somente no caso do presidente Lula, mas em todos os casos que usaram tais elementos. Ele também destacou que, apesar da anulação, compete aos juízes a decisão sobre possíveis arquivamentos nos processos abertos com base no acordo de leniência da Odebrecht.
O que isso significa para a prisão de Lula?
Toffoli se referiu à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “uma das maiores armações da história”. Ele também mencionou a prisão de Lula como o “ovo da serpente” dos ataques à democracia e às instituições. Vale lembrar que Lula havia sido preso e condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex em Guarujá, sendo preso em abril de 2018 e permaneceu detido por 1 ano e 7 meses em Curitiba.