Bolsonaro e aliados prestam depoimento simultâneo à PF nesta quinta-feira (31/08)
Nesta quinta-feira, dia 31 de agosto de 2023, a Polícia Federal está colhendo uma série de depoimentos simultâneos de pessoas envolvidas com o esquema da venda de joias do ex-governo de Jair Bolsonaro.
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O motivo por trás desses depoimentos é uma investigação em andamento que se debruça sobre a venda de joias e presentes que foram recebidos por Bolsonaro enquanto ele ocupava a presidência do país.
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Os ouvidos nesta quinta-feira pela polícia federal são:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens. Ele está preso;
- General Mauro Lourena Cid, pai de Mauro Cid;
- Frederick Wassef, advogado;
- Fábio Wajngarten, advogado e ex-secretário de Comunicação;
- Tenente Osmar Crivellati, que integrou a equipe de Bolsonaro;
- Coronel Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro.
A intenção da investigação é esclarecer os detalhes em torno do destino final das joias e outros objetos que foram presenteados.
Os indivíduos mencionados estão sob investigação devido a suspeita de que tentaram retirar esses itens do país, possivelmente com a intenção de vendê-los e posteriormente readquiri-los.
Esse processo levanta questões sobre a movimentação financeira relacionada à venda desses objetos e se os recursos provenientes da venda foram direcionados para as contas do ex-presidente ou de sua esposa.
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Preparações da equipe de Bolsonaro para os depoimentos
Com a intenção de preparar-se para os depoimentos, Jair Bolsonaro dedicou 48 horas de antecedência, com assessores próximos e advogados reunidos na sede do Partido PL em Brasília.
No dia de hoje, Jair Bolsonaro e sua esposa, serão acompanhados pelos advogados Paulo Cunha Bueno e Daniel Tessler.
A estratégia de conduzir depoimentos simultâneos tem por objetivo impedir que os envolvidos coordenem suas versões, maximizando assim o esclarecimento dos fatos.
A investigação tomou forma após a constatação de que um dos itens, um relógio que fazia parte de um conjunto de joias sauditas recebidas por Bolsonaro em uma viagem oficial em 2019, foi vendido nos Estados Unidos e posteriormente recomprado a um preço mais alto.
Isso ocorreu após uma determinação do Tribunal de Contas da União para a devolução dos presentes recebidos pelo ex-presidente. O foco da investigação é determinar o papel de cada indivíduo nesse processo.
O advogado Frederick Wassef, que é conhecido por suas ligações com a família Bolsonaro em várias investigações, é suspeito de ter recomprado o um relógio da marca Rolex que teria sido vendido por auxiliares do ex-presidente durante uma viagem aos Estados Unidos.
Nesse contexto, a Polícia Federal apreendeu recentemente quatro celulares pertencentes a Wassef, enquanto ele estava em um restaurante em São Paulo.
O pai de Mauro Cid também estaria implicado, alegadamente auxiliando na venda dos objetos e utilizando sua conta bancária no exterior para a movimentação dos valores envolvidos nas transações.
A situação é notável pelo reencontro entre Bolsonaro e Mauro Cid, seu ex-auxiliar que se encontra detido desde maio.
No entanto, espera-se que não haja contato entre os dois dentro das instalações da Polícia Federal. Este é o quinto depoimento que o ex-presidente presta à PF em diferentes investigações.
Bolsonaro está atualmente sob investigação por várias alegações, incluindo fraude no cartão de vacinação, disseminação de notícias falsas e suposto envolvimento em um plano para gravar o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal.
