Uma decisão recente agitou o ambiente jurídico e médico. Na última sessão do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministro Luiz Fux solicitou vista e paralisou o julgamento que pautava sobre a manutenção dos requisitos para abertura de novos cursos de medicina em instituições particulares.
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A base deste julgamento refere-se à lei do programa federal Mais Médicos e os parâmetros estabelecidos por ela para a criação de novos cursos na área.
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Os ministros do STF estão responsáveis por referendarem ou não a liminar do Ministro Gilmar Mendes, que prevê a preservação destas normas.

Por que a exigência do STF por mais rigor no chamamento público para novos cursos de medicina?
Até o momento, o único voto apresentado no STF após o do relator, foi o do Ministro Fachin. Sua posição diverge em parte, pois acredita que a cautela em relação aos processos administrativos de novos cursos deve ser ainda mais rigorosa.
O chamamento público, regulamentado pela lei do Mais Médicos, estabelece que os pedidos para a criação de novos cursos na área da saúde devem ser feitos apenas após a realização deste.
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A regra também estipula que o Ministério da Educação (MEC) tem a responsabilidade de pré-selecionar os municípios autorizados a ter novos cursos de medicina e estabelecer os critérios mínimos para a concessão da licença.
Quais as implicações da decisão para o segmento educacional e de saúde?
Na visão de Fachin, persistir com a continuidade de processos administrativos pendentes instaurados por decisão judicial e que ultrapassaram a fase inicial de análise documental, assim como os originários de instituições de ensino superior já credenciadas que solicitam autorização para abertura de curso de medicina, representa um risco para o setor.
Ele defende a ideia de que nesses casos, não houve uma mobilização real, concreta e efetiva do corpo docente e discente, nem de investimentos.
Portanto, entendendo o potencial de abertura de cerca de 50% mais cursos medicina além dos já existentes, Fachin prevê a extinção desses processos administrativos pendentes.
E agora, o que acontece?
No momento, o julgamento segue paralisado no Supremo Tribunal Federal (STF) enquanto o Ministro Luiz Fux analisa o caso.
Considerando a complexidade da situação e os impactos significativos que as decisões tomadas poderão ter sobre o cenário educacional e da saúde como um todo, aguarda-se que o processo seja retomado com uma análise aprofundada e responsável.
A agitação causada por esse impasse reforça a importância do diálogo constante entre os setores da saúde, da educação e do direito, mostrando que a qualidade do ensino médico no Brasil é uma questão que envolve diferentes áreas e exige compromisso de todas elas.