O ex-vereador e ex-médico Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Jairinho, suspendeu os serviços da sua advogada de defesa, Flávia Fróes, no caso ainda pendente envolvendo torturas e assassinato do pequeno Henry Borel Medeiros, ocorrido em março de 2021.
A advogada foi removida de sua equipe de defesa na última segunda-feira.
Jairinho, antes um profissional de medicina e vereador, junto com sua ex-namorada e professora, Monique Medeiros da Costa e Silva, são acusados pelo crime bárbaro contra Henry, filho de Monique.
Fróes, que foi contratada há quase dois anos pela família de Jairinho para atuar na investigação defensiva, agora foi removida do processo.
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Numa carta escrita à mão dentro do Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, popularmente conhecido como Bangu 8, no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio, Jairinho expressou sua incapacidade de continuar com “direcionamentos antagônicos” em sua defesa técnica.
Ele prosseguiu identificando outros nove profissionais que ainda o representariam em casos cíveis e criminais.
O posicionamento da advogada Flávia Fróes
Contrariamente, Fróes assegura que foi sua decisão deixar o caso, citando a falta de “condições pessoais para continuar defendendo a causa”.
Em comunicado, ela afirmou: “Estou deixando a defesa de Jairo Souza Santos Júnior por razões de foro íntimo. Coletei provas para a investigação defensiva do caso nos últimos quase dois anos. Agora, condições pessoais me impedem de continuar defendendo seus interesses”.
As próximas etapas da defesa de Jairinho
Mesmo com a saída de Fróes, o jurista Cláudio Dalledone, que foi contratado pela família de Jairinho por indicação de Fróes em 2022, permanecerá no caso. Entende-se que a defesa centralizará seus esforços em torno da equipe Dalledone, conforme desejado por Jairinho nas últimas semanas.
No entanto, vale lembrar que o ex-vereador e ex-médico também é réu em outros processos de agressão a filhos de outras ex-namoradas.