O deputado estadual goiano, Amauri Ribeiro, membro do partido União Brasil, se tornou figura central na nova investida da Operação Lesa Pátria, diligência levada a cabo pela Polícia Federal do Brasil.
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O parlamentar publicamente admitiu ter auxiliado no suporte a agrupamentos com pautas antidemocráticas.
“A detenção do Coronel Franco é um desrespeito a cada cidadão respeitável deste país. Sua prisão é infundada, pois ele não cometeu nenhum delito. Se é assim, deveria também estar atrás das grades. Colaborei financeiramente com aqueles que estavam no acampamento. Podem me deter, sou um transgressor, sou um terrorista, sou uma pessoa desprezível, a seu ver. Eu assisti de perto e permaneci à porta porque sou um patriota”, disse Ribeiro em uma sessão da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) em junho passado.
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Amauri Ribeiro recua e aciona STF
Depois desta contundente declaração, o deputado buscou o Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar uma possível ordem de prisão contra ele, sugerindo que sua fala foi mal interpretada pela mídia. Ribeiro afirmou que estava referindo-se exclusivamente aos acampamentos situados em frente aos quartéis militares.
Quem é Amauri Ribeiro?
Antes de ingressar na política, Amauri Ribeiro era um comerciante anônimo na cidade de Piracanjuba, em Goiás, onde já acumulava controvérsias.
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Chegou ao posto de prefeito da cidade, ganhando notoriedade por um episódio de violência doméstica contra sua própria filha. Na Assembleia Legislativa de Goiás, assumiu o mandato com postura polêmica, inclusive tendo sua esposa sentada em seu colo durante a posse.
Novas confusões surgiram nas dependências da Assembleia entre Ribeiro e outros deputados. Recentemente, precisou ser contido pelos seguranças do local após um acirrado desentendimento com o deputado Major Araújo, do PSL.

O que mais se sabe?
Ribeiro se envolveu em outra briga com Cláudio Chaves Moreira, ex-candidato a prefeito de Piracanjuba, popularmente chamado de Cláudio Grilo.
Críticas deste ao mandato de Ribeiro seriam o motivo da briga. Além disso, o parlamentar tem um processo contra ele movido pelo Ministério Público de Goiás, por considerá-lo autor de comentários racistas e homofóbicos.
Na 15ª fase da Operação Lesa Pátria, em curso, foram emitidos dois mandados de busca e apreensão, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal, nos endereços de Ribeiro em Goiânia e Piracanjuba.
O principal objetivo é identificar os indivíduos que estimularam, participaram e promoveram ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.