Ruth Floriano, segundo informações da Polícia Civil, confessou ser responsável por matar e esquartejar sua própria filha, Alany Izilda Floriano Silva, em um crime brutal que deixou a cidade de São Paulo em estado de choque.
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A equipe de reportagem do g1 não obteve retorno da defesa de Ruth para comentar sobre o caso até o fechamento desta matéria.
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Testemunhas afirmam ter encontrado partes do corpo da menina na geladeira de Ruth, em sua casa localizada no bairro Aracati, Zona Sul da capital paulista.
Posteriormente à descoberta, a Polícia Militar foi acionada e iniciou as buscas pela mãe da menina, que resultaram em sua prisão no domicílio de seu ex-marido, na Zona Leste de São Paulo.
Investigação do crime e as versões de Ruth
O caso foi registrado no 100º Distrito Policial (DP), localizado no Jardim Herculano, como homicídio qualificado contra menor de idade, com emboscada e ocultação de cadáver. A investigação ficou a cargo do 47º DP, no bairro do Capão Redondo.
Os responsáveis pela investigação tentam elucidar quando o crime foi cometido e o motivo que levou Ruth a tal ato.
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A suspeita deu duas versões diferentes sobre o ocorrido. Alany nasceu no dia 6 de agosto de 2014, e antes de morar com a mãe, vivia com a família do pai, residente em Atibaia, interior de São Paulo. A polícia almeja ouvir o depoimento deste homem.

Quais foram as versões de Ruth para o crime?
Na primeira vez que foi ouvida pela PM, Ruth negou a autoria do crime e alegou que aproximadamente um mês atrás, conheceu um homem por meio de um aplicativo de relacionamentos.
De acordo com a versão dela, o homem foi até sua casa e, após usarem drogas, ambos adormeceram. Ao acordar, Ruth teria encontrado a filha morta, sem recordar exatamente o que teria acontecido.
Como se desenrolou a segunda versão da história?
Ruth apresentou outra versão para o crime no interrogatório na delegacia, afirmando ter matado Alany entre os dias 8 e 9 de agosto, dois ou três dias após a filha completar 9 anos. A polícia, contudo, trabalha com a hipótese de que o assassinato possa ter ocorrido quando a vítima ainda tinha 8 anos.
O motivo apontado por Ruth para o crime foi a insatisfação com a separação do pai da criança. Segundo o registro policial, após esfaquear a filha, Ruth cortou e colocou as partes do corpo dentro de uma caixa térmica e em um saco plástico.
No dia 15 de agosto, decidiu guardar os restos mortais de Alany na geladeira. Em 16 de agosto, mudou de residência, levando a geladeira consigo para outro local. O namorado de Ruth desconhecia o crime e afirmou não compreender o odor estranho que exalava da residência.
Consistência em ambos os relatos:
Em ambas as versões, parte da narrativa é consistente: Algum tempo depois do crime, Ruth foi para a Zona Leste entregar uma chave ao ex-marido, que negou ser o pai de Alany.
Em 26 de agosto, enquanto Ruth estava fora, a mãe do seu namorado decidiu abrir a geladeira, encontrando o corpo de Alany.
A Justiça deverá definir nos próximos dias se Ruth permanecerá presa ou se responderá aos crimes em liberdade. A polícia pediu a conversão da prisão em flagrante de Ruth em preventiva, o que a deteria indefinidamente. Os outros dois filhos de Ruth foram encontrados e entregues ao Conselho Tutelar.