Aposentado é dado como morto há 28 anos, e descobre o caso apenas em 2021!
Em Tocantins, um caso chamou a atenção da justiça e da polícia local, pois um homem que estava morto há 28 anos, se apresentou à justiça reclamando estar vivo, e solicitando o retorno de seus benefícios de aposentadoria e de consultas pelo SUS.
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Ainda que seja um caso incomum, foi de fato essa a situação do trabalhador rural Manoel Marciano da Silva, de 71 anos.
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Seu Manoel foi registrado como falecido por sua ex-mulher em 1995, após a separação de um casamento de cerca de 20 anos.
De acordo com os documentos, a ex-mulher e outras duas testemunhas assinaram o papel de falecimento por causa desconhecida.
Além disso, também consta no documento que seu Manoel foi enterrado no cemitério público de Augustinópolis, no qual o trabalhador rural revela nunca ter sequer entrado.
Seu Manoel só teve algum conhecimento do caso em 2012, quando compareceu para votar nas eleições e descobriu que estava dado como morto, contudo, na época acreditou ser apenas um erro e não deu atenção para o assunto.
Aposentado leva 2 anos para provar que não estava morto
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Apesar de em 2012 ter sido impedido de votar, seu Manoel não deu atenção para a ocorrência, até que em 2021, perdeu os seus benefícios de aposentadoria e a possibilidade de marcar consultas pelo SUS.
Em razão disso, o homem entrou em contato com um escritório de advocacia para provar perante a justiça que não estava morto.
Ainda que fosse o caso óbvio, seu Manoel, necessitou apresentar-se perante a justiça com duas testemunhas para provar que esteve vivo durante os 28 anos em que foi dado como morto.
O juiz questionou as testemunhas se em algum momento seu Manoel havia sido dado como desaparecido ou viajado por muito tempo, ambas responderam que não, ele sempre esteve pela região.
Após a audiência, seu Manoel deixou de ser declarado como morto e voltará a receber seus benefícios. Contudo, o aposentado revela não ter qualquer rancor sobre a ex-mulher.
Ainda assim, a Polícia Civil do Tocantins irá investigar a ex-mulher e as testemunhas, por falso testemunho e fraude em documentos.
A reportagem do Jornal Nacional da Rede Globo, afirmou ter entrado em contato com a ex-mulher, que não desejou gravar entrevista.
Além disso, os filhos da senhora afirmaram que ela foi induzida ao erro, por ser analfabeta.