Escândalo de propina em Niterói: Draco mira em Wagner dos Santos e apreende R$ 100 mil
Nesta quinta-feira, dia 17 de agosto, a Polícia Civil de Niterói, no Rio de Janeiro, apreendeu R$ 100 mil de um inspetor de trânsito que estava extorquindo motoristas de vans na cidade.
Wagner Pereira dos Santos é o inspetor-chefe da Niterói Transportes e Trânsito (Nittrans), concursado desde 2005.
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O homem foi denunciado por estar chefiando um esquema de extorsão para que motoristas de vans não fossem multados ao estacionar no entorno do Terminal Rodoviário João Goulart, no centro da cidade.
Segundo a investigação, Wagner e outros inspetores extorquiam motoristas às sextas-feiras, em valores que variavam de R$ 30 a R$ 100, por semana, para cada motorista. Graças a isso, o esquema criminoso conseguia arrecadar mensalmente cerca de R$ 40 mil.
A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), por meio de suas investigações, conseguiram descobrir que o grupo e principalmente Wagner gabavam-se nas redes sociais, por conta do dinheiro furtado.
Inclusive, a Draco teve acesso à uma foto em que Wagner exibia uma grande quantidade de dinheiro em suas mãos enquanto fazia careta. A imagem pode ser vista logo abaixo:
Milhares apreendidos na cada de Wagner dos Santos
Após as descobertas da investigação, a Polícia Civil, realizou nesta quinta-feira (17), oito mandados de busca e apreensão na casa de investigados, incluindo Wagner.
Na casa de Wagner, foram encontrados os R$ 100 mil citados anteriormente, os quais estavam escondidos dentro de um cofre.
Além disso, a polícia também apreendeu uma arma de airsoft, um colete e um distintivo falso, ainda que muito similar aos utilizados pela polícia.
Logicamente os itens serviam para criar um visual de intimidação e de oficialidade. Em nota a prefeitura da cidade de Niterói, afirmou estar à disposição de colaborar com a justiça para a investigação do caso.
Além disso, também foi informado que Wagner foi afastado de seus deveres e que uma sindicância interna foi aberta para apurar o caso, o que pode levar a demissão do inspetor-chefe e de outros inspetores envolvidos no caso.