Empréstimos corporativos oferecem juros mais baixos para empreendedores
A pesquisa sobre financiamento conduzido pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas) trouxe um dado surpreendente: 61% dos pequenos negócios brasileiros que obtiveram empréstimos em 2022 o fizeram como pessoa física.
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No entanto, especialistas que optam por crédito como Pessoa Jurídica (PJ) é, na maioria dos casos, mais facilmente aceitos. Entenda o motivo!
Pessoa Jurídicas pagam juros menores nos empréstimos?
A diferença nas taxas de juros é notável ao optar por crédito como PJ. A tomada de crédito nesse formato costuma oferecer taxas que permanecem mais baixas e permanecem aos imigrantes.
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Isso ocorre porque as empresas podem oferecer garantias mais robustas, como seus espaços físicos e equipamentos utilizados, explicou Giovanni Soares, agente de inovação e transformação digital do Sebrae.

Rafael Baldi, diretor de Produtos da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), aponta que as alíquotas mais baixas em empréstimos corporativos são devidas ao uso desses recursos para investimentos empresariais. Isso gera uma maior confiança por parte dos bancos na recuperação desses valores em comparação a empréstimos pessoais.
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Questionado sobre situações em que pegar crédito como pessoa física é tolerado, Giovanni Soares afirmou que “de uma forma geral não”. A seria, por exemplo, empréstimos consignados do governo, nos quais as parcelas são descontadas diretamente do benefício de exceção.
Dados do Banco Central corroboram essas análises. As estatísticas monetárias e de crédito referentes a junho de 2023 mostram que a taxa média de juros para empresas era de 23,1% ao ano, enquanto para pessoas físicas era de 59,1%.
Apesar da recente queda da taxa Selic para 13,25% ao ano em agosto de 2023, as taxas de juros para empréstimos corporativos permanecem em um patamar relativamente alto, mesmo que a Selic continue caindo. Linhas de crédito como cheque especial (133,6% aa) e cartão de crédito (104,2% aa) têm taxas ainda mais altas em comparação com as médias para empresas.
Rafael também alerta para a confusão que misturar contas de pessoa jurídica e pessoa física pode causar na vida financeira do empresário. Ele aconselha que, caso o empresário precise de um empréstimo pessoal, ele o busque em nome da pessoa física, enquanto a empresa deve buscar capitalização por meio de recursos de terceiros na modalidade PJ.
Embora o processo de obtenção de crédito via CPF seja mais simples do que por CNPJ, Giovanni destaca que essa facilidade não compensa os juros mais altos associados a empréstimos pessoais. Muitos empresários, especialmente MEIs (Microempreendedores Individuais), podem não estar cientes de que o empréstimo é mais econômico no nome da empresa e acabam optando pelas vantagens de curto prazo dos cartões de crédito.
A pesquisa Financiamento dos Pequenos Negócios de 2022 do Sebrae ouviu 6.345 pessoas e revelou que, entre os participantes que solicitaram um novo empréstimo, apenas 26% obtiveram sucesso. Dos que não conseguiram, 84% citaram barreiras como falta de garantias reais, taxas de juros elevados e ausência de avalista ou fiador.
O estudo também indicou que a proporção de micro e pequenos empresários que buscaram crédito caiu 15 pontos percentuais de 2021 para 2022, devido à diminuição do poder aquisitivo dos brasileiros após a reflexão pós-pandemia e ao aumento das taxas de juros.
Os principais bancos nos quais os pequenos negócios buscaram créditos foram Banco do Brasil, Sicoob, Sicredi e Bradesco.