Adolescentes não escutam os pais? Pesquisa revela o porquê!

A partir dos 13 anos de idade todas as pessoas começam a entrar na puberdade, o período em que as pessoas passam a ser conhecidas como “adolescentes”.

Esse é um dos momentos de maiores mudanças na vida de qualquer pessoa, visto que diversas mudanças hormonais, desenvolvem o corpo e a mente dos indivíduos.

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Nesse momento da vida é comum ouvir falar que os adolescentes estão em uma “fase rebelde” pois já não escutam mais os pais.

É comum que se atribua essa situação a uma evolução da pessoa em que mais relacionamentos fora da família são desenvolvidos.

Contudo, um recente estudo da Universidade de Stanford revelou que na realidade o “não ouvir os pais”, não é uma escolha do indivíduo, mas sim uma mudança no comportamento da química de seu cérebro.

Porque os adolescentes não escutam os pais?

Como todos sabemos, o cérebro humano funciona liberando uma série de “estímulos” que podem ser recompensadores ou alertas de perigo.

Por exemplo, quando se come um alimento bom e o cérebro libera serotonina, deixando o indivíduo feliz.

Contudo, há uma parte do cérebro humano que oferece um estímulo similar a uma recompensa, ao “cumprir” com uma determinada atividade.

O estudo realizado em Stanford tinha como objetivo compreender esta parte do cérebro em adolescentes. 

Para isso então, os pesquisadores realizam análises nas imagens de cérebros de crianças, abaixo dos 13 anos, e em adolescentes, acima dos 13 anos.

A pesquisa consistia em ouvir a voz materna dizendo três palavras desconexas e sem sentido, e depois as mesmas três palavras pela voz de um desconhecido.

A pesquisa então mostrou que as crianças tinham um maior estímulo nos circuitos de recompensa e dos centros cerebrais ao escutar a voz da mãe.

Enquanto isso, os adolescentes tinham ainda o mesmo estímulo, contudo em uma versão bem mais fraca.

Segundo a conclusão dos cientistas, essa não é uma escolha do indivíduo/adolescente, na realidade trata-se de uma evolução natural do cérebro, pois o órgão está adaptando o indivíduo para sua independência.

Um dos cientistas responsáveis pela pesquisa, Daniel Abrams, disse o seguinte em relação à descoberta: “Você está apenas sendo você: tem seus amigos e quer passar tempo com eles. Sua mente está cada vez mais sensível e atraída por eles”.

Ainda assim, essa mudança de estímulos não justifica comportamentos agressivos ou violentos de rebeldia, apenas que por vezes o adolescente vai passar a buscar outras fontes de informação sobre o mundo a sua volta.